Seus bisavós eram Martinho Fischer e Maria Dupre; João José Evangelista e Maria José Rosa; Cipriano de Souza de Moraes e Maria de Souza de Godoy; Joaquim da Costa Figueiredo e Francisca Rodrigues da Silva.
Joaquim perdeu sua mãe Dorvalina Fischer quando tinha apenas três anos de idade, em 1831. Junto com seus quatro irmãos, Benedicto, Sebastiana, Antonieta e José, ele foi criado por seu pai Joaquim e sua tia Cyra Fischer.
Na adolescência ele jogava futebol no time da cidade de Lindóia e também tocava na banda municipal.
Joaquim Fischer era funcionário público e trabalhava como zelador/bedel na Escola Estadual Pedro de Toledo em Lindóia, até se aposentar. Mesma função exercida anteriormente por seu pai Joaquim de Souza de Godoy.
Mas antes de ter um trabalho fixo formal em sua cidade natal, Joaquim morou um tempo em São Paulo, junto com seu irmão mais velho, Benedicto, que já morava e trabalhava como padeiro na capital paulista. O jovem Joaquim trabalhou como entregador de mercadorias, em comércios na região central de São Paulo.
Ele não se adaptou a realidade da vida paulistana e resolveu voltar para Lindóia, onde em 23 de dezembro de 1950, aos 22 anos de idade, casou-se com Ana Carolina de Moraes, ela com 19 anos.
Ana Carolina nasceu em Itapira, São Paulo, em 17 de abril de 1931. Filha de Raymundo Francisco de Moraes e Carolina de Jesus. Neta pelo lado paterno de Francisco José de Moraes e Delphina Alexandrina da Conceição. Seus avós maternos eram Celestrino de Souza e Sebastiana de Jesus.
Joaquim e Ana Carolina tiveram 12 filhos, dois deles faleceram ainda crianças (Paulo Roberto aos 4 anos, vítima de picada de escorpião e Luís Cláudio aos 8 meses, vítima de sarampo).
São eles:
Neide Maria de Souza Fischer (1952)
Antonio Marcos de Souza Fischer (1954)
Maria Aparecida de Souza Fischer (1955)
Sonia Maria de Souza Fischer (1957)
Jorge Luís de Souza Fischer (1959-2019)
Paulo Roberto de Souza Fischer (1960-1964)
Paulo Sérgio de Souza Fischer (1961)
Luís Claudio de Souza Fischer (1963-1963)
Claudia Maria de Souza Fischer (1965)
Silvia Helena de Souza Fischer (1968)
Rosemeire Regina de Souza Fischer (1970)
Telma Maria de Souza Fischer (1972)
Com tantos filhos para criar, Joaquim e Ana trabalhavam na escola, ela como merendeira e ele como zelador. Mas era preciso compor renda para dar conta de tantas despesas, por isso o casal também fazia papel de babás e cuidava de crianças dos vizinhos e conhecidos.
Joaquim também voltou a exercer a atividade de entregador. Agora em Lindóia, Joaquim entregava pães na cidade, logo de manhã ele passava na Padaria, pegava os pães e levava para os clientes de porta em porta.
Os filhos de Joaquim e Ana cresceram em Lindóia, estudaram, e a maioria se casou e teve filhos. Alguns fixaram residência em Lindóia e outros se mudaram para cidades vizinhas como Águas de Lindóia, Serra Negra e Ouro Fino. A família ficou numerosa, ao todo, em 2024, entre filhos e filhas, genros, noras, netos, bisnetos, trinetos e tetranetos, somam mais de 50 pessoas.
Quando se casaram e por algum tempo, Joaquim e Ana moravam em uma casa dentro da escola onde trabalhavam, depois eles se mudaram para uma casa na rua Fabiano Franco e posteriormente em uma casa na rua José de Freitas, onde viveram juntos com os filhos, netos e por muitos anos com Sebastiana Aparecida, carinhosamente chamada de Cuca, irmã de Joaquim, solteira, sem filhos, falecida em 2007, aos 86 anos.
Em dezembro de 2000, a família celebrou os 50 anos (bodas de ouro) do casamento de Joaquim e Ana Carolina. Dez anos mais tarde, em 2010, outra celebração comemorou os 60 anos de casados (bodas de diamante).
Em 18 de março de 2012, Ana Carolina faleceu em sua residência, em Lindóia, vítima de parada cardiorrespiratória e foi sepultada no cemitério local.
Após a morte de sua esposa, Joaquim passou a viver com sua filha mais nova, Telma e também sob os cuidados do filho Paulo Sérgio. Com a cabeça muito boa e lúcido, Quinzinho alguns anos mais tarde, após os 90 anos, já sofria de dificuldades físicas e não conseguia se locomover sozinho.
Em 02 de outubro de 2022, Joaquim Fischer faleceu, aos 94 anos. Seu corpo foi velado por amigos e familiares no velório municipal de Lindóia e sepultado no jazigo da família no Cemitério Municipal da cidade.
Dorvalina Fischer, primeira filha do casal Henrique Fischer e Zulmira Evangelista, nasceu em Limeira, São Paulo, em 1898. Ela foi batizada em 22 de janeiro de 1899, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Limeira. Foram padrinhos seus avós paternos Martinho Fischer e Maria Dupre.
Transcrição: Aos vinte e dois de janeiro de mil oitocentos e noventa e nove, nesta Matriz, batizei solenemente Dorvalina, nascida em trinta de setembro do ano passado, filha legítima de Henrique Fischer e Zulmira Evangelista. Padrinhos Martinho Fischer e Maria Dupre.
Dorvalina passou sua infância em Limeira, junto com os pais e irmãos, Cyra, Armando e Augusto que nasceram posteriormente em 1901, 1903 e 1906. Aos oito anos de idade, ainda criança, Dorvalina ficou órfã, sua mãe Zulmira faleceu de tuberculose, em 14 de setembro de 1906.
Seu pai, Henrique Fischer, ficou viúvo e sozinho entre 1906 e 1912, mas tudo leva a supor que uma sobrinha de Zulmira, chamada Odila Evangelista, possa ter ajudado na criação dos filhos órfãos de Zulmira, já que ela viria a ser a segunda esposa de Henrique, em 30 de novembro de 1912.
Em 1913, Dorvalina, já uma adolescente com 15 anos, mudou-se de Limeira para Lindóia, São Paulo, junto com seu pai, sua madrasta e seus irmãos mais novos. Nesta cidade eles moravam na rua do Largo da Matriz, nº 05.
Três anos mais tarde, aos 18 anos de idade, em 30 de setembro de 1916, Dorvalina casou-se com Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho, ele com 30 anos, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Brotas, em Lindóia, São Paulo.
Transcrição: Aos trinta de setembro de mil novecentos e dezesseis, nesta Paróquia de Nossa Senhora das Brotas, de Lindoia, em minha presença e das testemunhas, Firmino de Godoy Bueno e Agenor do Nascimento, receberam-se em matrimônio os nubentes Joaquim de Souza de Godoy e Dorvalina Fischer, ele com trinta anos de idade, filho legítimo dos falecidos José de Souza de Godoy e Anna Francisca da Costa e ela com dezoito anos de idade, filha legítima de Henrique Fischer e da falecida Zulmira Evangelista, ambos os contraentes são fregueses desta paróquia.
Filho de José de Souza de Godoy e Anna Francisa da Costa, Joaquim nasceu em Serra Negra, São Paulo, em 1886. Ele era de uma família tradicional da região, considerados alguns dos fundadores de Lindóia. Diz a história da cidade, que alguns imigrantes portugueses e espanhóis, oriundos de Atibaia – Bairro da Guardinha, se desentenderam com o Governador da Capitania de São Paulo, e fugiram, se fixando às margens do Cezar. Segundo a história contada pelos antigos, estas famílias eram: Franco, Godoy, Alves, Souza, Almeida e Domingues. Dos documentos antigos constam que Manoel Alves de Almeida, criou um índio batizado pelo nome de Salvador Domingues de Almeida, fundando-se latifúndios às margens esquerda do Rio do Cezar, depois chamado Rio do Peixe, por ser muito piscoso. Construiu aí algumas residências e plantou suas lavouras. Consta ainda que Salvador Domingues de Almeida casou-se com Candida (triavós de Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho) e desse casamento teve muitos filhos, sendo que uma filha por nome de Anaesméria, casou-se com Joaquim Franco de Godoy (bisavós de Joaquim de Souza Sobrinho), doador das terras para construção da Igreja de Nossa Senhora das Brotas, que recebeu está homenagem, por ser esta região riquíssima em quantidades de brotas de água.
Quando Joaquim casou-se com Dorvalina, ele já tinha uma filha de outro relacionamento, chamada Jandira de Souza. Joaquim e Dorvalina logo tiveram o primeiro filho e ao todo foram cinco, são eles:
Benedicto de Souza (1918-?)
Sebastiana Apparecida de Souza (1921-2007)
Antonieta de Souza (1923-2015)
Joaquim de Souza Fischer (1928)
José Benedito de Souza (1931-2017)
Vale pontuar que entre o nascimento de Antonieta e Joaquim passaram-se cinco anos, nesse intervalo não foi encontrado registro de filhos do casal, o que não era normal para a época. Pode ser que naqueles anos, Dorvalina possa ter engravidado e sofrido abortos, o que era muito comum.
Dorvalina Fischer faleceu em 1931, após o nascimento de seu filho José Benedito, em Lindóia, onde foi sepultada no cemitério local. Segundo história oral contada por familiares, ela morreu na dieta, período que a mulher se recupera após uma gestação.
Com a morte da esposa, Joaquim de Souza de Godoy ficou com os cinco filhos, relativamente pequenos, Benedicto, o mais velho, tinha apenas 13 anos, Sebastiana 10 anos, Antonieta 8 anos, Joaquim 3 anos e José Benedito recém nascido.
Segundo histórias contadas por familiares, Joaquim seguiu viúvo e continuou criando os filhos sozinho, com a ajuda de Cyra Fischer, irmã de Dorvalina. Cyra era recém casada com Sebastião de Souza Godoy, conhecido como Nino, e provavelmente parente de Joaquim. Cyra e Sebastião tiveram uma única filha, Silvia Benedicta, que morreu ainda bebê. Sem filhos, ela ajudou na criação dos sobrinhos.
Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho faleceu aos 77 anos, em Lindóia, São Paulo e foi sepultado no cemitério local. Antes da morte, ele ficou anos na cama após ter sofrido um AVC e era cuidado pela filha Sebastiana Aparecida.
Conrado Grava de Souza, neto de Joaquim, tem lembranças do avô: “Quando nasci, em 1949, o avô Joaquim era o único vivo. Lembro-me dele deitado em uma cama, em Lindóia, em uma casinha muito simples, na rua onde começava a estrada para Itapira. Ele morava com a minha tia Cida. Ele tinha perdido a fala e só se comunicava com a minha tia por um sininho. Tocava o sininho e, se minha tia demorava para atendê-lo, ao abrir a porta do quarto, na verdade uma cortina de tecido, ele atirava o sininho nela.
Flonheimé uma cidade mercantil, abaixo de uma área de proteção paisagística charmosa. A riqueza de Flonheim mostrada em edifícios deve-se essencialmente à indústria de pedreiras outrora florescente, que após a Segunda Guerra Mundial, deu lugar à produção de pedra artificial.
História
Tempo romano Pedreiras romanas de Flonheim forneceram o arenito de quartzo para as esculturas agora mantidas no Museu Alzeyer (incluindo o Viergötterstein). Existem ricos achados de túmulos do período da Francônia, por exemplo, um túmulo principesco (século 7) com extenso e valioso armamento, incluindo uma longa espada com cabo revestido de ouro. Em 767, o lugar é mencionado como “Flonenheim”, mais tarde entre outras coisas como “Flanheim” (= residência do Flano). Desde o início do período merovíngio, Flonheim foi a sede da nobreza.
O arenito foi extraído na parte sul do distrito de Flonheim já nos tempos romanos. Isso pode ser visto pelo fato de que, por exemplo, muitos monumentos de pedra romanos de Alzey foram feitos com arenito Flonheim. Devido à boa localização de Flonheim na estrada romana Worms-Alzey-Bingen, as pedras extraídas puderam ser removidas rapidamente. Não foi esclarecido de forma conclusiva se, além da pedreira romana, havia também um assentamento romano na área atual da aldeia. Até agora, apenas um túmulo foi encontrado na antiga “Heidenplatz”, o que pelo menos indica a existência de mansões.
A família Emichonen (posteriormente “Condes de Flonheim”) governou (“Amt Flonheim”, incluindo Uffhofen, Bornheim, Lonsheim) desde 960. Por volta de 1133, o conde selvagem Emich II fundou o Mosteiro dos Cânones Agostinianos de Santa Maria (onde – lembre-se também dos nomes “Klostergasse” e “Klostereck”). Por volta de 1300, o local foi cercado por uma muralha defensiva, que também é indicada pela planta da cidade com o anel viário. O domínio subseqüente dos Condes de Reno durou até 1792.
Desde 1744, o endividado e despótico Magnus Rheingraf zu Rheingrafenstein era o senhor de parte do lugar. Distrito de Uffhofen: o nome veio de uma fazenda abaixo da vila de Flonheim (no sentido de “uff” = abaixo ou “uf Hofen” = ir em direção à fazenda).
Idade Média O nome que termina em “-heim” e alguns túmulos encontrados na área da aldeia indicam que a aldeia foi fundada pela Francônia há cerca de 500 anos. Foi mencionado pela primeira vez em 765/67 no Lorsch Codex como “Flan (n) nenheim” (lar do Flano).
No início da Idade Média, a aldeia pertencia aos Wildgrafen como Bornheim e Uffhofen. Em 1098 e 1139, eles são passados como “comes de Vlanheim”. Em 1283, Wildgrave Gottfried von Dhaun era o senhor local. Depois que essa linha foi extinta em 1350, a comunidade veio para a linha de Kyrburg. Em 1368, Wildgrave Friedrich von Kyrburg prometeu sua parte nas áreas administrativas de Bornheim, Flonheim e Uffhofen por um curto período de tempo ao Conde Palatine Ruprecht I. Mais tarde, Flomborn, Bornheim e Uffhofen caíram para os herdeiros de Kyrburg, os príncipes von Salm e os Condes de Reno von Grumbach. A partir de 1506, a cidade mercantil era a agência dos correios de Thurn and Taxis Post Office. O escritório de Flonheim, que esteve nas mãos do Conde do Reno desde cerca de 1409, com as suas localizações administrativas Bornheim, Flonheim e Uffhofen, durou até a ocupação francesa no final do século XVIII. Em 1744 os direitos foram definidos contratualmente através do escritório. Três quartos foram para os condes selvagens e do Reno de Dhaun, um oitavo para o príncipe Salm-Salm e outro oitavo para o príncipe Salm-Kyrburg.
Um mosteiro de coro agostiniano , fundado pelo conde selvagem Emicho II como governante local em 1131, que foi confirmado papalmente em 1162, foi dissolvido em 1554 durante a Reforma .
Em 1724-28 a igreja simultânea foi substituída por um novo edifício, que por sua vez foi substituído em 1881-1885 pela igreja protestante, que ainda existe hoje. Uma igreja católica foi construída anteriormente em 1877/78.
Uma população judia em Flonheim no início do período moderno pode ser comprovada pela sinagoga construída em 1786, que foi demolida em 1979. O cemitério judeu da cidade, ocupado até cerca de 1830, provavelmente também data do século XVIII. Sua localização é excepcional para um cemitério judeu, pois estava dentro das muralhas da cidade.
Tempos modernos No século 19, a demografia da vila cresceu continuamente. Em 1815 havia 1242 habitantes, em 1830, 1550 e 1900, 1818. Em 2011 o local contava com 2.636 habitantes.
A mineração e o processamento de arenito foram industrializados no século 19 e cresceram para se tornar o fator econômico central em Flonheim. Em 1808 trabalhavam nas pedreiras 460 pessoas, depois de meados do século eram mais de 1000 e também havia 30 pedreiros na aldeia. A construção do ramal Armsheim-Flonheim em 1871 tornou mais fácil o transporte desses bens econômicos. Como a estação ferroviária ficava perto das pedreiras isto facilitava, agora está um pouco longe do centro da cidade.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial, este ramo da indústria começou a declinar e a viticultura tornou-se o fator econômico mais importante. Em 1892, a construção da adega da vinícola Werner foi concluída e em 1888 a fábrica de vinagre Köhler foi fundada.
Pontos importantes Numerosas belas casas barrocas com portais de arenito e interessantes entalhes em pedra (único em Rheinhessen, devido à indústria anterior de arenito), principalmente em restaurantes anteriores (Flonheim era a estação de retorno do Leinereiter), especialmente em Langgasse (a casa mais antiga de 1568) e Alzeyer Straße.
Câmara municipal (séc. XVII), hall no rés-do-chão com portais e núcleos de venda, torre de escadas. Impressionante praça do mercado com uma igreja de duas torres que é extraordinariamente poderosa para tal lugar, visível de longe (“Catedral do Vale de Wiesbach”). Mãe de Deus na versão antiga, por volta de 1750 no altar lateral neo-gótico da Católica.
Brasão do Conde do Reno na empena renascentista do prédio da escola, Bahnhofstrasse. Casas de vinhedos em forma de granada (edifícios em cúpula) feitas de arenito Flonheim de cor clara (“casas brancas”, também chamadas de “trulli”, dois aindares disponíveis), cuja construção é atribuída a construtores Lombard (Bergamo?), com aproximadamente 800 anos; estruturas peculiares particularmente características desta região, supostamente ainda ocorrendo como edifícios residenciais no sul da Itália.
Prensa de pedra (arenito) de 1870 em frente à cabana “Schauinsland”. Trilha educacional da natureza e do vinho. Pedreiras de arenito. No bairro de Uffhofen: moinho fantasma romanticamente situado na estrada para Wendelsheim. Aulheimer Grund (nome devido ao povoado submerso) com uma flora particularmente interessante. Pedreiras e poços de areia. No Museu Municipal de Worms: Achados do já mencionado “Túmulo do Príncipe”.
Arredores Para a área de proteção paisagística “Alzeyer Berg” com cabana “Schauinsland” e “Donnersbergblick”, na área da antiga pedreira, sob proteção da natureza desde 1962, rodeada de vinhedos (trilhas educacionais da natureza e do vinho) – para Oswaldhöhe (Bornheim) e na torre de observação perto de Lonsheim – para Aulheimer Grund (acima de Geistermühle, caminho de campo ramificando-se para a esquerda): ambiente extremamente seco e quente, solo rochoso, rochas ígneas basálticas, “clima de microestepe”, Rabenkanzel como um local para plantas raras de urze, estepe de grama; entre Bornheim e Heimersheim correndo vale seco.
Flonheim é uma pequena cidade localizada na Renânia-Palatinado, Alemanha, conhecida principalmente por sua vinicultura. A história de Flonheim é rica e remonta a tempos antigos, com evidências de ocupação humana que datam de períodos pré-históricos.
Flonheim foi mencionada pela primeira vez em documentos históricos por volta do ano 766. A região já era habitada por celtas e depois por tribos germânicas antes da chegada dos romanos. Durante o período romano, a área era parte da fronteira do Império Romano, conhecida como Limes Germanicus. A presença de túmulos romanos e outros artefatos arqueológicos sugere uma ocupação significativa durante esse período.
No período medieval, Flonheim estava sob a influência de vários senhorios, incluindo o Eleitorado de Mainz, que era um dos mais poderosos estados eclesiásticos do Sacro Império Romano. A igreja local, a Igreja de São Remígio, é um exemplo do legado arquitetônico deixado por essa época, com partes da construção datando do século 12.
Durante a era moderna, Flonheim desenvolveu-se consideravelmente, especialmente no que diz respeito à produção de vinho. A viticultura tem sido a espinha dorsal da economia local por séculos, com a região sendo parte do famoso vinho alemão de Rheinhessen. A paisagem ao redor de Flonheim é pontilhada com vinhedos, e a cidade é conhecida por seus vinhos brancos, particularmente Riesling, Silvaner e Müller-Thurgau.
I – Martin Fischer, nascido em 1804, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecido por volta de 1870, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado por volta de 1820, com Katharina Elizabeth Stumpf, nascida em 1794, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha, falecida por volta de 1874, em Piracicaba, São Paulo, Brasil.
Uma curiosidade sobre Martin Fischer e sua família é que antes de emigrarem da Alemanha para o Brasil, eles tentaram emigrar para os EUA, em 1837, mas por algum motivo ainda desconhecido, eles não se mudaram para a América do Norte e 10 anos depois, em 1847 desembarcaram no Brasil. Este casal e sete filhos emigraram da Alemanha para o Brasil, como contratados pela Vergueiro e Cia, para trabalharem como colonos, em regime de parceria, na Fazenda Ibicaba, em Limeira, São Paulo. O nome de Martin Fischer consta na lista de abertura da Colônia Vergueiro, em 01 de agosto de 1846. Alguns registros em livros sobre a imigração e Ibicaba contam que Martin Fischer teria sido um dos colonos que escreveu uma carta para a Alemanha, em 1848, relatando como era a vida em Ibicaba e manifestando contentamento com o regime de parceria. Martin Fischer é citado na lista enviada pelo Senador Vergueiro, que consta no livro Revolta dos Parceiros de Ibicaba (pág. 62) como um dos colonos que em 1857 já havia deixado a colônia Ibicaba com dinheiro e tinha propriedade.
F1 – Anton Fischer (Antônio Fischer), nascido em 27 de abril de 1823, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecido em 23 de agosto de 1884, em Rio Claro, São Paulo, Brasil. Casado primeiro com Elizabeth Barth (Izabel Barth). Depois casado em 08 de outubro de 1874, em Rio Claro, São Paulo, Brasil, com Paulina Grahnert, nascida em 11 de janeiro de 1846, na Turíngia, Alemanha. Falecida em 15 de novembro de 1875, em Rio Claro, São Paulo, Brasil.
Anton Fischer foi diretor da Fazenda Ibicaba entre meados de 1850 até 1867. O nome dele é citado em livros que tratam sobre o trabalho dos colonos na fazenda, como o clássico Ibicaba, uma experiência pioneira, de autoria do historiador José Sebastião Witter. O nome de Anton ou Antônio Fischer também aparece no Livro Mestre da Colônia Vergueiro, como assinatura nos documentos de contabilidade dos colonos. Alguns registros contam que o diretor da fazenda Ibicaba, de sobrenome Fischer, era uma figura pouco apreciada pelos colonos e motivo de reclamações. Como diz esse trecho de uma dissertação de Mestrado em Economia, da Unicamp, de autoria de Fábio Alexandre dos Santos: “No que tange ao modo como se davam as relações produtivas, ao elencar as reclamações dos trabalhadores da Fazenda Ibicaba, por volta de 1860, Tschudi enfatiza que as reclamações pesavam primordialmente sobre José Vergueiro, filho do senador Vergueiro, o intermediário na comunicação com os alemães já que havia estudado na Alemanha e sabia o idioma e, ao diretor da fazenda, contraditoriamente, Fischer, um alemão ‘sem cultura nem educação’ que abusava da autoridade com um excessivo grau de brutalidade para com seus conterrâneos europeus”. Outros registros mostram que, após o período na fazenda Ibicaba, Antônio Fischer teria se estabelecido em Piracicaba, São Paulo, onde teria uma marcenaria. Tal empreendimento aparece em citações de obras como Piracicaba no Século XIX e Colonos na Fazenda Ibicaba, empresários em Piracicaba. Após o período na fazenda Ibicaba e a possível passagem por Piracicaba, Antônio Fischer, possivelmente viúvo (não conseguimos precisar ainda a data da morte de Elizabeth Barth. Anton Fischer e Elizabeth Barth teriam se conhecido na fazenda Ibicaba, onde suas famílias eram colonos. Ela pode ser filha de Ludwig Barth, um dos colonos citados na lista de abertura da Colônia Ibicaba em 1846. O casamento teria ocorrido antes de 1850, não foi possível precisar a data e local.), se mudou para Rio Claro, ali ele morou na Rua Alegre, nº 05, atual Avenida Cinco e passou a trabalhar como negociante. Ele estreitou laços com a comunidade evangélica local, prova disso é que o nome dele consta como padrinho de casamento e de batismo em alguns registros luteranos. Em Rio Claro ele também se casou com Paulina Grahnert, com quem não teve filhos.
N1 – Martinho Fischer, nascido em 05 de setembro de 1850, em Constituição, atual Piracicaba, São Paulo, Brasil. Falecido em 05 de agosto de 1913, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 27 de outubro de 1868, em Limeira, São Paulo, com Maria Dupre, nascida em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha. Falecida em 01 de setembro de 1942, em Limeira, São Paulo, Brasil.
Em 03 de junho de 1862 a família Dupre, oriunda de Muhl, Neuhütten, distrito de Trier-Saarburg, na Renânia-Palatinado, na Alemanha, embarcou no porto da Antuérpia, Bélgica, rumo ao Brasil. A bordo do navio patacho dinamarquês Challenger, dirigido pelo capitão Lubbe, Johann Michael Dupre, sua esposa Katharina Rosar e seus 6 filhos: Peter, Johann, Catharina, Maximilian, Georg e Maria, viajaram pelo Oceano Atlântico juntos com outros imigrantes contratados pela Vergueiro e Cia. Após 53 dias de viagem, eles desembarcaram no Porto de Santos, em 26 de julho de 1862 e, de lá, seguiram rumo a fazenda Ibicaba em Limeira, São Paulo, onde se estabeleceram como colonos e trabalharam no regime de parceria. Uma outra filha do casal não migrou com os pais, Helene Dupre ficou na Alemanha. Com 22 anos na época, ela possivelmente já era noiva de Johann Peter Rosar, com quem se casou em 1863.
B1 – Izabel Fischer, nascida em 1869, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada em 23 de junho de 1887, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Manoel Jorge de Oliveira, nascido em Tocha do Conselho, Coimbra, Portugal.
B2 – Catharina Fischer, nascida em 31 de março de 1870, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada em 25 de setembro de 1888, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Jacob Levy, nascido em 11 de novembro de 1867, em Limeira, São Paulo, Brasil.
Jacob Levy era filho de Sadox / Zadok Levy e Catharina Dupre, irmã de Maria Dupre. Portanto, ele era primo de sua esposa Catharina Fischer. Seu pai, Sadox / Zadok, migrou da Alemanha para o Brasil junto com seu pai Jacob Levy e os irmãos: Angela, Moses, Isaak e Salomon. Eles chegaram em 3 de agosto de 1857, na terceira leva de imigrantes alemães, contratados pela Vergueiro e Cia, para trabalharem como colonos, na fazenda Ibicaba. Ao chegarem no Brasil, eles, que eram judeus, foram rebatizados na religião católica e receberam outros nomes: Sadox / Zadok passou a se chamar Mathias, Angela se tornou Maria, Moses passou a se chamar José, Isaak se tornou Simão e Salomon se chamou Antônio.
Ti1 – Maria Fischer Levy, nascida em 26 de setembro de 1889, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Casada com Adalberto Braga.
Te1 – Adalberto Braga Filho, nascido em 1915, falecido em 2007.
Ti2 – José Fischer Levy, nascido em 28 de novembro de 1890, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Falecido em 14 de abril de 1975, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Casado em 29 de julho de 1911 com Magdalena Sposito, nascida em 15 de junho de 1892.
Te1 – Moacyr Fischer Levy, nascido em 30 de junho de 1923, falecido em 14 de junho de 2013.
Te2 – Martinho Fischer Levy
Te3 – Jaime Fischer Levy
Te4 – Paulo Fischer Levy
Te5 – Laura Fischer Levy
Ti3 – Lydia Fischer Levy, nascida em 23 de junho de 1898, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Falecida em 19 de julho de 1976, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada com Evaristo Olivatto Filho
Te1 – Martinho Levy Olivatto
B3 – João Fischer Sobrinho, nascido em 26 de janeiro de 1873, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecido em 14 de março de 1918, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 4 de julho de 1896, em Limeira, São Paulo Brasil, com Delphina Maria de Oliveira, nascida em 1878, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 11 de novembro de 1905 com Geraldina Franco de Moraes, nascida em 1885.
Ti1 – Manoel Fischer, nascido em 20 de abril de 1908, em Limeira, São Paulo, Brasil.
Ti2 – Maria Fischer, nascida em 08 de abril de 1913, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 11 de setembro de 1997, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada com José Bueno Vasconcelos, nascido em 18 de agosto de 1906. Falecido em 29 de dezembro de 1973, em Limeira, São Paulo, Brasil.
Ti3 – João Fischer Filho, nascido em junho de 1915. Falecido ainda criança em 10 de dezembro de 1916, em Limeira São Paulo, Brasil.
B4 – Henrique Fischer, nascido em 12 de maio de 1874, em Constituição, atual Piracicaba, São Paulo, Brasil. Falecido em 18 de março de 1939, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 24 de dezembro de 1896, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Zulmira Evangelista, nascida em 20 de outubro de 1881, em Limeira São Paulo, Brasil. Falecida em 14 de setembro de 1906, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 30 de novembro de 1912, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Odila Evangelista, nascida em 1891, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida por volta de 1820, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado por volta de 1824, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Faustina Maria de Jesus, nascida em 28 de setembro de 1904, em Campo Místico, atual Bueno Brandão, Minas Gerais, Brasil. Falecida em 15 de agosto de 1999, em Campinas, São Paulo, Brasil.
Em Lindóia, São Paulo, Henrique Fischer era uma figura conhecida dos moradores da pequena cidade do interior. Ele trabalhava em uma usina hidrelétrica, chamada Usina das Cotas, que gerava energia para o município. Apesar de não ser natural da Alemanha, mas ser descendente, ele era conhecido como Alemão pelos moradores. No fim da vida, talvez já sofrendo de alguma demência, ele era frequentemente visto andando pelas ruas da cidade e falando sozinho.
Odila Evangelista curiosamente era sobrinha de Zulmira Evangelista, a primeira esposa, falecida, de Henrique Fischer. Logo após o matrimônio, Henrique e Odila mudaram-se com os filhos de Henrique e Zulmira para Lindóia, São Paulo, onde nasceram os filhos do casal.
Após a morte de Henrique, Faustina de Jesus, chamada de “Noinha”, mudou-se para a cidade de Serra Negra, São Paulo. Ela contava que havia colocado os filhos dentro de jacás, presos no lombo de um burro, e pegaram estrada. Em Serra Negra ela se casou novamente, com um viúvo com filhos. Mas deste casamento não houve filhos. Mais tarde ela mudou-se com os filhos para Campinas, São Paulo, Brasil.
Ti1 – Dorvalina Fischer, nascida em 30 de setembro de 1898, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 1931, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 30 de setembro de 1916, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho, nascido por volta de 1886, em Serra Negra, São Paulo, Brasil. Falecido por volta de 1963, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Filho de José de Souza de Godoy e Anna Francisa da Costa, Joaquim era de uma família tradicional da região, considerados alguns dos fundadores de Lindóia. Diz a história da cidade, que alguns imigrantes portugueses e espanhóis, oriundos de Atibaia – Bairro da Guardinha, se desentenderam com o Governador da Capitania de São Paulo, e fugiram, se fixando às margens do Cezar. Segundo a história contada pelos antigos, estas famílias eram: Franco, Godoy, Alves, Souza, Almeida e Domingues. Dos documentos antigos constam que Manoel Alves de Almeida, criou um índio batizado pelo nome de Salvador Domingues de Almeida, fundando-se latifúndios às margens esquerda do Rio do Cezar, depois chamado Rio do Peixe, por ser muito piscoso. Construiu aí algumas residências e plantou suas lavouras. Consta ainda que Salvador Domingues de Almeida casou-se com Candida (triavós de Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho) e desse casamento teve muitos filhos, sendo que uma filha por nome de Anaesméria, casou-se com Joaquim Franco de Godoy (bisavós de Joaquim de Souza Sobrinho), doador das terras para construção da Igreja de Nossa Senhora das Brotas, que recebeu está homenagem, por ser esta região riquíssima em quantidades de brotas de água. Joaquim já tinha uma filha de outro relacionamento quando casou-se com Dorvalina, ela se chamava Jandira de Souza.
Te1 – Benedicto de Souza, nascido em 30 de setembro de 1918, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado com Anna Grava.
P1 – Sônia Maria Grava de Souza, nascida em 1947, em São Paulo, Capital, Brasil. Casada com Nestor Santa Cruz Mendoza.
H1 – Alexandre Ricardo Souza Santa Cruz
H2 – Paulo Daniel Sousa Santa Cruz
P2 – Conrado Grava de Souza, casado com Hatsune Yamada.
H1 – Carolina Yumi de Souza
H2 – Debora Naomi de Souza
P3 – Joaquim Paulo Grava de Souza, nascido em 24 de agosto de 1951, em São Paulo, Capital, Brasil. Casado com Sandra de Fátima Furlan da Silva.
H1 – Ivan Furlan Grava de Souza
H2 – Flavio Furlan Grava de Souza
H3 – Marina Furlan Grava de Souza
Te2 – Sebastiana Aparecida de Souza, nascida em 03 de março de 1921, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 31 de março de 2007, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Te3 – Antonieta de Souza, nascida em 16 dezembro de 1923, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 13 de maio de 2015, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Joaquim Pereira de Carvalho.
Te4 – Joaquim de Souza Fischer, nascido em 18 de agosto de 1928, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 23 de dezembro de 1950, em Lindóia São Paulo, Brasil, com Ana Carolina de Moraes, nascida em 17 de abril de 1931, em Itapira, São Paulo, Brasil. Falecida em 18 de março de 2012, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Ana Carolina de Moraes era filha de Raymundo Francisco de Moraes e Carolina de Jesus. Seus avós paternos foram Francisco José de Moraes e Delphina Alexandrina da Conceição. Seus avós maternos foram Celestrino de Souza e Sebastiana de Jesus. Alguns de seus bisavós eram José Antonio de Moraes e Maria Gertrudes Bueno, Felizardo Francisco de Oliveira e Alexandrina Maria da Conceição.
P1 – Maria Neide de Souza Fischer, nascida em 15 de agosto de 1952, em Lindóia, São Paulo Brasil.
H1 – Bruno Fischer Tardeli
H2 – Bruna Fischer Tardeli
P2 – Antônio Marcos de Souza Fischer, nascido em 05 de janeiro de 1954, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 1973 com Rosa da Silva, falecida em 17 de março de 1980. Casado em 1982 com Neusa de Lima, nascida em 20 de agosto de 1955, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.
Antonio Marcos, mais conhecido como Marcos Fischer ficou viúvo do primeiro casamento aos 26 anos. Com sua primeira esposa, Rosa, ele morava em Mogi Guaçu, São Paulo, Brasil, onde tinha uma empresa de refrigeração. O casal teve dois filhos, Glaucia e Antonio Marcos de Souza Fischer Júnior. Juninho faleceu ainda bebê, em 1979, após sofrer uma queda da cama enquanto dormia. Sua mãe faleceu 11 meses depois, vítima de afogamento na praia do Guarujá.
No início dos anos 1980, Marcos se mudou para Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil, onde abriu sua loja e assistência técnica em refrigeração. Ali conheceu Neusa com quem se casou em 1982 e teve dois filhos, Neubiara e Neuber. Neusa de Lima Fischer (solteira de Lima), auxiliar de enfermagem, é filha de João Nunes de Lima e Aparecida Maria Pereira. Neta paterna de João Antonio de Lima e Maria Nunes da Costa. Neta materna de Joaquim Silvério Pereira e Maria Rita de Jesus. Seus bisavós paternos eram os casais Francisco Antonio de Faria e Barbara Maria de Jesus, Joaquim Nunes da Costa e Maria Custódia dos Santos. Seus bisavós maternos eram os casais Manoel Antonio Pereira e Ana Maria de Jesus, Ezequiel Gomes dos Santos e Rita Emerenciana de Jesus.
Anos mais tarde, em 2020, Marcos descobriu que tem mais dois filhos, frutos de relacionamentos pontuais em 1980. Os filhos se chamam Pedro e Erick, nasceram em Mogi Guaçu, São Paulo Brasil.
Hx1 – Glaucia da Silva Fischer, nascida em 07 de outubro de 1974, em Itapira, São Paulo, Brasil. Casada em 1992, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Marcos Antonio de Godói.
Hp1 – Marcos Antonio de Godói Júnior, nascido em 29 de setembro de 1995, em Lindóia, São Paulo Brasil.
Hx2 – Antonio Marcos de Souza Fischer Júnior, nascido em 1978, em Itapira, São Paulo, Brasil. Falecido em abril de 1979, em Mogi Guaçu, São Paulo, Brasil.
Hx3 – Pedro
Hx4 – Erick
Hx5 – Neubiara de Lima Fischer, nascida em 16 de maio de 1983, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil. Casada em dezembro de 2009, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil, com Fernando Acácio Fleming, nascido em 06 de agosto de 1978, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.
Hp1 – Lorenzo Fischer Fleming, nascido em 01 de maio de 2012, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.
Hx6 – Neuber de Lima Fischer, nascido em 18 de dezembro de 1985, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.
P3 – Maria Aparecida de Souza Fischer, nascida em 04 de junho de 1955, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Izaltino Pereira de Souza, nascido em 02 de setembro de 1917, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 01 de junho de 2011, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Hx1 – Perla Veruska Fischer de Souza, nascida em 03 de abril de 1977, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada primeiro com Leonardo Cardoso Ferreira, depois com Bruno Geraldo Manucci e posteriormente com Marcos Nunciaroni.
Hp1 – Leonardo Cardoso Ferreira Júnior, nascido em outubro de 1995, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Hp2 – Eloah Fischer Manucci
Hx2 – Heliton Pereira de Souza, nascido em 04 de abril de 1979, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado com Josi.
Hp1 – Hélida
Hp2 – Maitê
P4 – Sônia Maria de Souza Fischer, nascida em 27 de janeiro de 1957, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Irineu Vasconcelos Soares.
Hx1 – Eder Fischer Soares, nascido em 23 de fevereiro de 1983, em Serra Negra, São Paulo, Brasil. Casado com Cris Lona.
Hp1 – Lorena
Hp2 – Pietro
Hx2 – Thiago Fischer Soares, nascido em 03 de dezembro de 1995, em Serra Negra, São Paulo, Brasil.
P5 – Jorge Luís de Souza Fischer, nascido em 02 de abril de 1959, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 12 de setembro de 2019, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado com Lucia Pirani, nascida em 12 de junho de 1967, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Hx1 – Mariana Pirani Fischer, nascida em 18 de dezembro de 1987, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
P6 – Paulo Roberto de Souza Fischer, nascido em 1960, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido aos 4 anos, vítima de picadura de escorpião, em 04 de novembro de 1964, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
P7 – Paulo Sérgio de Souza Fischer, nascido em 17 de outubro de 1961, em Lindóia, São Paulo, Brasil
P8 – Luís Cláudio de Souza Fischer, nascido em abril de 1963, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido com apenas 01 ano, vítima de Sarampo, em 04 de dezembro de 1963, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
P7 – Cláudia Maria de Souza Fischer, casada com Sidney Lazari.
Hx1 – Diego Fischer Lazari, nascido em 1985, em Águas de Lindóia, São Paulo, Brasil.
Hp1 – Heloísa
P8 – Silvia Helena de Souza Fischer, nascida em 31 de agosto de 1968, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Hx1 – Taynara Fischer Acorsi
P9 – Rosemeire Regina de Souza Fischer, casada com Roberto Carlos de Paiva.
Hx1 – Carolina Fischer de Paiva
Hp1 – Paulo Henrique
Hx2 – Roberta Fischer de Paiva
Hp1 – Nicollas
Hx3 – João Vítor Fischer de Paiva
P10 – Telma Maria de Souza Fischer, nascida em 21 de fevereiro de 1972, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 1986 com Jair Gomes da Silva e divorciada em 2010.
Hx1 – Matheus Fischer da Silva, nascido em 29 de dezembro de 1989, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Hx2 – Laís Fischer da Silva, nascida em 17 de fevereiro de 1999, em Lindóia, São Paulo Brasil.
Te5 – José Benedito de Souza, nascido em 10 de fevereiro de 1931, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 13 de dezembro de 2017, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Ti2 – Cyra Fischer, nascida em 14 de março de 1901, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 12 de outubro de 1942, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 29 de setembro de 1919, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Sebastião Nino de Souza Godoy, nascido em 1896.
Te1 – Silvia Benedicta de Souza, nascida em 11 de outubro de 1933, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida ainda criança em 1934.
Ti3 – Armando Fischer, nascido em 23 de agosto de 1903, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 05 de outubro de 1951, em Lindóia São Paulo, Brasil. Casado em 26 de outubro de 1929, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Maria Annunciata de Godoy, nascida em 15 de novembro de 1911, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Te1 – Dinorah de Godoy Fischer, nascida em 28 de dezembro de 1930, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Pedro Lopes.
P1 – Cleide Fischer Lopes
P2 – Claudio Fischer Lopes
P3 – Jorge Fischer Lopes
P4 – Julio Fischer Lopes
Te2 – Zulmira de Godoy Fischer, nascida em 13 de março de 1934, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 10 de dezembro de 2009, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 20 de maio de 1954, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com José Ferri, nascido em 30 de novembro de 1928, em Socorro, São Paulo, Brasil. Falecido em 29 de março de 2017, em Águas de Lindóia, São Paulo, Brasil.
P1 – Armando Fischer Ferri
P2 – Paulo Fischer Ferri
P3 – José Carlos Fischer Ferri
P4 – Orlei Fischer Ferri
Te3 – Antônia de Godoy Fischer, nascida em 02 de fevereiro de 1940, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 08 de maio de 2014. Casada com Benedito Pelatieri.
P1 – Célia Fischer Pelatieri
Te4 – Irene de Godoy Fischer, nascida em 07 de dezembro de 1942, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Geraldo Barros Leal.
P1 – Juliana Fischer Barros
P2 – Luciana Fischer Barros
P3 – Adriana Fischer Barros
P4 – Maria Fischer Barros
Ti4 – Augusto Aparecido Fischer, nascido em 07 de maio de 1906, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecido em 28 de maio de 1935, em Limeira São Paulo, Brasil.
Ti5 – Mario Aparecido Fischer, nascido em 21 de novembro de 1913, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 13 de junho de 1959, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 22 de julho de 1944, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Alvalina de Souza, nascida em 06 de setembro de 1920, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 24 de setembro de 2010, em Águas de Lindóia, São Paulo, Brasil.
Te1 – Sônia Aparecida Fischer, nascida em 15 de maio de 1952, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com José Mario Dizer Renzo.
P1 – Michele Fischer Renzo
Ti6 – Martino Fischer, nascido em 20 de novembro de 1917, em Lindóia, São Paulo, Brasil.
Ti7 – Maria Fischer, nascida em 07 de abril de 1927, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 06 de abril de 1951, em Serra Negra, São Paulo, Brasil, com Bellino Felice Baccin, nascido em 25 de agosto de 1927, em Serra Negra, São Paulo, Brasil.
Te1 – Luiz Fernando Fischer Baccin
Te2 – José Eduardo Fischer Baccin
Te3 – Carlos Henrique Fischer Baccin
Te4 – Paulo Roberto Fischer Baccin
Te5 – Maria de Lourdes Fischer Baccin
Te6 – Abrahmo Baccin Neto
Ti8 – Apparecido Fischer, nascido em 11 de fevereiro de 1931, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 30 de janeiro de 1960, em Serra Negra, São Paulo, Brasil, com Thereza Gut Zochio, nascida em 16 de setembro de 1935, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 13 de maio de 2008, em Campinas, São Paulo, Brasil.
Te1 – Henrique Zochio Fischer
Te2 – Heitor Zochio Fischer
Ti9 – Antônia Fischer, nascida em 26 de junho de 1933, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Vicente Vilano.
Te1 – Marli Villano
Te2 – Ivani Villano
Te3 – Henrique Villano
Ti10 – José do Carmo Fischer, nascido em 03 de junho de 1936, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 17 de março de 2021, em Valinhos, São Paulo, Brasil.
B5 – José Fischer, nascido em 06 de dezembro de 1877, em Limeira, São Paulo, Brasil.
B6 – Mathias Fischer, nascido em 29 de janeiro de 1879, em Limeira, São Paulo, Brasil.
B7 – Maximiliano Fischer, nascido em 23 de fevereiro de 1881, em Limeira, São Paulo, Brasil.
N2 – Antônio Fischer, nascido em 29 de dezembro de 1852, em Piracicaba, São Paulo Brasil. Falecido em 25 de outubro de 1909, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado em 14 de outubro de 1876, em Piracicaba, São Paulo, Brasil, com Josephina Schimidt, nascida em 21 de novembro de 1851, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 11 de novembro de 1920.
N3 – Henrique Fischer Sobrinho, nascido em fevereiro de 1855, em Limeira São Paulo Brasil. Casado em 06 de abril de 1876, com Carolina Anna Knetts, nascida em 30 de abril de 1858, em Campinas, São Paulo, Brasil. Falecida em 1942.
N4 – João Fischer, nascido em 27 de junho de 1856, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado em 04 de agosto de 1877, com Caroline Sommer, nascida em 24 de maio de 1856, na Alemanha.
N5 – Sebastião Fischer, nascido em 22 de dezembro de 1859, em Limeira, São Paulo, Brasil.
N6 – Bárbara Fischer, nascida em 23 de abril de 1862, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada em 04 de setembro de 1880, em Piracicaba, São Paulo, Brasil, com Andre Hemblent.
F2 – Johann Jacob Fischer (João Arthur Fischer), nascido em 1825, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Casado com Elizabeth (Izabel) Rupp, nascida em 15 de abril de 1850, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 02 de setembro de 1879, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado com Filipina Rupp, nascida em 10 de fevereiro de 1839, na Baviera, Alemanha.
F3 – Johann Martin Fischer (João Martinho Fischer), nascido em 27 de setembro de 1829, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecido em 20 de fevereiro de 1912, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado em 20 de setembro de 1851, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Maria Magdalena Hilsdorf, nascida em 1832, na Alemanha. Falecida em 04 de fevereiro de 1913, em Piracicaba, São Paulo, Brasil.
F4 – Friederich Fischer (Frederico Fischer), nascido em 02 de novembro de 1831, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Casado com Barbara Himmelsjohn, nascida em 1833, na Alemanha. Falecida em junho de 1873, em Piracicaba, São Paulo, Brasil.
F5 – Heinrich Fischer (Henrique Fischer), nascido em 13 de julho de 1834, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha.
F6 – Catharina Philipina Fischer, nascida em 09 de maio de 1837, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecida em 16 de dezembro de 1892, em Campinas, São Paulo, Brasil. Casada em 14 de maio de 1864, em Limeira, São Paulo, Brasil, com João Carlos Augusto Sarb, nascido em 30 de agosto de 1829, em Hamburgo, Alemanha. Casada com Diedrich Heinrich Wilhelm Hüsemann, nascido em 1833, em Vestfália, na Alemanha. Falecido em 23 de fevereiro de 1885, em Campinas, São Paulo, Brasil.
F7 – Philipp Fischer (Felipe Fischer), nascido em 1843, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Casado em 10 de maio de 1873, em Piracicaba, São Paulo, Brasil, com Catharina Strohband, nascida em 13 de setembro de 1839, em Darmstadt, Alemanha.
Henrique Fischer, quarto filho do casal Martinho Fischer e Maria Dupre, nasceu em Constituição, atual Piracicaba, São Paulo, em 12 de maio de 1874. Ele foi batizado na igreja católica, na Matriz de Santo Antônio, em Piracicaba, no dia 23 de maio de 1874. Foram padrinhos seus tios Henrique Fischer e Bárbara Fischer.
Transcrição: Aos vinte e três de maio de mil oitocentos de setenta e quatro, nesta matriz, batizei e pus os santos olhos em Henrique, nascido no dia dose do corrente mês, filho de Martinho Fischer e Maria Dupre. Foram padrinhos Henrique Fischer e Barbara Fischer.
Aos 22 anos, em 24 de dezembro de 1896, Henrique casou-se com sua primeira esposa, Zulmira Evangelista, ela com 15 anos, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Limeira, São Paulo. Foram testemunhas Zeferino Guimarães e Martinho Fischer.
Transcrição: Aos vinte e quatro de dezembro de 1896, na Matriz de Limeira, perante mim e das testemunhas abaixo mencionadas, depois de proclamados, receberam-se em santo matrimônio, Henrique Fischer e Zulmira Evangelista, ele em idade de vinte e dois anos, natural de Piracicaba, filho legítimo de Martinho Fischer e Maria Dupre; e ela em idade de quinze anos, filha legítima de João Evangelista, falecido, e de Maria Rosa Evangelista, natural de Limeira. Foram testemunhas Zeferina Guimarães e Martinho Fischer.
Filha de João Evangelista e Maria Rosa Evangelista, Zulmira nasceu em Limeira, São Paulo, em 20 de outubro de 1881. Ela faleceu jovem, vítima da tuberculose, em 14 de setembro de 1906, aos 24 anos, em Limeira, São Paulo, onde foi sepultada no cemitério municipal.
Henrique e Zulmira tiveram 4 filhos, são eles:
Dorvalina Fischer (1898-1932)
Cyra Fischer (1901-1942)
Armando Fischer (1903-1951)
Augusto Aparecido Fischer (1906-1935)
Os filhos de Henrique e Zulmira lhes deram 10 netos e dezenas de bisnetos, trinetos, tetranetos e pentanetos que povoaram a região de Lindóia, São Paulo e se espalharam pelo Brasil.
Seis anos após a morte da primeira esposa, o viúvo Henrique Fischer, agora com 37 anos, casou-se novamente, em 30 de novembro de 1912. Desta vez com Odila Evangelista, de 21 anos, curiosamente sobrinha de Zulmira Evangelista, a primeira esposa falecida. Foram testemunhas AntonioOliveira e José Piessotti.
Transcrição: Aos trinta de novembro de 1912, nesta matriz de Limeira, depois de proclamados e não havendo impedimento algum, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, receberam-se em matrimônio, Henrique Fischer e Odila Evangelista. Ele viúvo de Zulmira Evangelista, com 37 anos, natural de Piracicaba; ela solteira, natural de Limeira, com 21 anos de idade, filha legítima de João Evangelista Filho e de Albertina Evangelista, todos fregueses desta paróquia. Nada mais consta, faço o presente assento.
Filha de João Evangelista Filho e Albertina Evangelista, Odila nasceu em 1891, em Limeira, São Paulo. Cerca de um ano após o matrimônio, em 1913, Henrique e Odila mudaram-se de Limeira com os filhos de Henrique e Zulmira. O casal e as crianças teriam passado brevemente por Itapira e depois se fixaram em Lindóia, São Paulo. Segundo histórias contadas por familiares, a mudança de cidade teria sido motivada por questões de herança e desentendimento entre os herdeiros de Martinho Fischer, pai de Henrique, que faleceu em agosto de 1913.
Na nova cidade, o casal teve 2 filhos, são eles:
Mário Aparecido Fischer (1913-1959)
Martino Fischer (1917-?)
Os filhos de Henrique e Odila lhes deram uma única neta, alguns bisnetos e trinetos, descendentes de Mário Fischer.
Sobre Martino Fischer não foi encontrado registro de óbito, casamento ou nascimento de filhos, o que leva a crer que ele possa ter falecido ainda criança e não deixou descendentes.
Não encontramos ainda o registro de óbito de Odila, mas tudo leva a crer que ela faleceu após o nascimento do segundo filho, Martino, em Lindóia, São Paulo.
Com a morte de Odila, Henrique, aos 50 anos, casou-se pela terceira vez, por volta de 1924, em Lindóia, São Paulo. A nova esposa, Faustina Maria de Jesus, tinha 20 anos.
Faustina era natural de Campo Místico, atual Bueno Brandão, Minas Gerais. Filha de Joaquim Francisco de Figueiredo e Francisca Maria de Jesus, ela nasceu em 28 de setembro de 1904.
O casal teve 4 filhos, ainda vivos em 2020, são eles:
Maria Fischer (1927)
Aparecido Fischer (1931)
Antonia Fischer (1933)
José do Carmos Fischer (1936)
Uma curiosidade sobre Henrique Fischer é que, por ele ter se casado três vezes em um intervalo de quase 40 anos, os filhos de Henrique Fischer, frutos do último relacionamento, com Faustina, tinham a mesma idade ou eram até mais jovens que alguns de seus primeiros netos.
Em Lindóia, São Paulo, Henrique Fischer morava com sua família no Largo da Matriz, nº 05. Ele era uma figura conhecida dos moradores da pequena cidade do interior paulista. Eletricista, ele trabalhava em uma usina hidrelétrica, chamada Usina das Cotas, que gerava energia para o município.
Apesar de não ser natural da Alemanha, mas ser descendente, ele era conhecido como Alemão pelos moradores. No fim da vida, talvez já sofrendo de alguma demência, ele era frequentemente visto andando pelas ruas da cidade e falando sozinho.
Henrique Fischer faleceu em 18 de março de 1939, aos 64 anos, vítima de hemorragia cerebral, em Lindóia, São Paulo, onde foi sepultado no cemitério municipal da cidade. Sem posses, ele não deixou herança, apenas lembranças e uma grande família.
Após a morte de Henrique, Faustina de Jesus mudou-se para a cidade de Serra Negra, São Paulo. Ela contava que havia colocado os filhos dentro de jacás, presos no lombo de um burro, e pegaram estrada. Em Serra Negra ela se casou novamente, em 21 de junho de 1947, com o viúvo José Franco de Godoi, ele também já tinha filhos de outro relacionamento. Deste casamento entre Faustina e José não houve filhos.
Os filhos de Faustina e Henrique cresceram e estudaram. Maria e Aparecido casaram-se em Serra Negra e mais tarde se transferiram com a mãe para Campinas; José, solteiro, seguiu com eles para Campinas. Antônia foi para São Paulo, trabalhar como doméstica. Naquela cidade acabou se casando com Vicente Villano, um filho de seu empregador.
Em Campinas a “noninha”, como Faustina era carinhosamente chamada, morava com sua filha Maria. Ao falecer, em 15 de agosto de 1999, aos 95 anos, Faustina deixou os quatro filhos, 12 netos e pelo menos 19 bisnetos.
*Colaborou com informações sobre Faustina seus netos Henrique Fischer e Heitor Fischer
Transcrição: No mesmo dia e igreja batizei e pus os santos olhos no menino Martinho, de idade de um mês, filho de Antonio Fischer e Izabel Barth. Foram padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Catharina Fischer.
Por algum motivo que desconhecemos, Martinho Fischer foi rebatizado na mesma igreja Matriz de Piracicaba, 34 anos após seu nascimento. Acreditamos que o novo assento tenha sido necessário para que Martinho pudesse ser padrinho de alguma criança ou de casamento. Naquela época e mesmo hoje, os registros de batismos católicos são obrigatórios para que alguém possa participar de um dos sacramentos da Igreja, como batizar ou ser testemunha de casamento de outra pessoa católica. Então, devido ao mau estado de conservação do primeiro assento de Martinho, ou mesmo por não terem encontrado o registro original, foi necessário refazer o sacramento com a declaração de testemunhas.
Transcrição: Aos dezesseis de outubro de mil oitocentos e oitenta e quatro, nesta Matriz, em virtude de autorização que me foi concedida por sua Excelência Reverendíssima, em minha presença compareceram Martinho Hilsdorf e Valentim Hebling, pessoas legítimas e por mim conhecidas, por eles me foi informado e sob suas consciências com efeito de verdade, que foi batizado nesta matriz, no ano de mil oitocentos e cinquenta, pelo já falecido vigário José Gomes, o então inocente Martinho, filho legítimo de Anton Fischer e Izabel Fischer Barth. Foram padrinho Martinho Fischer e Maria Magdalena Hilsdorf. Nada mais foi perguntado e para constar lavrei este assento com as testemunhas.
Filha caçula do casal Johann Michael Dupre e Katharina Rosar, Maria Dupre nasceu em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha. Em 03 de junho de 1862, aos 9 anos de idade, ela emigrou para o Brasil com seus pais e irmãos.
A família Dupre foi contratada pela Vergueiro e Cia, como colonos no regime de parceria. Em 26 de julho de I862 desembarcaram em Santos, São Paulo e de lá foram encaminhados para a Colônia Vergueiro, na Fazenda Ibicaba, em Limeira, São Paulo.
Transcrição: Relação dos Colonos vindos de Anvers (Antuérpia) no Patacho Dinamarquês Challenger – Capitão W. Lubbe, entrados neste Porto (Santos), em 26 de julho de 1862, contratados pela Vergueiro e Cia para a Colonia Ibicaba.
Johann Dupre, 50 anos, casado, natural de Muhl, na Prussia, lavrador Catharina, 50 anos, esposa Peter, filho, 27 anos, solteiro Johann, filho, 24 anos, solteiro Catharina, filha, 20 anos, solteira Max, filho, 16 anos, solteiro Johann Georg, 12 anos, solteiro Maria, 09 anos, solteira
A família Dupre era originária de Muhl, Neuhütten, uma pequena aldeia que tem sua data de criação por volta de 1725/30. Não há clareza total sobre a origem e interpretação do nome do lugar. Localizada numa região de florestas, os moradores viviam principalmente cortando lenha e queimando carvão. Provavelmente, a primeira família residente no local foi a de Dominik Dupre, o ancestral de todos na área com sobrenome Dupre. Como o sobrenome leva a crer, Dupre tem origem na língua francesa e os ancestrais da família de Maria eram originários da Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que posteriormente se espalharam pela região da Renânia, que foi ocupada pela França, antes de voltar ao domínio da Alemanha.
Não conseguimos precisar se Martinho e Maria se conheceram na fazenda Ibicaba ou posteriormente, quando as famílias de ambos já haviam deixado a colônia e se estabelecidos em cidades da região como Limeira, Rio Claro e Piracicaba.
Há indícios de que Maria era católica e Martinho protestante, mas a religião diferente não impediu o casamento. O enlace deste casal selou a união da família Fischer com a família Dupre e deu origem a uma das linhagens de Fischer no interior de São Paulo.
Seis anos mais tarde, em 27 de outubro de 1868, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Limeira, São Paulo, Martinho Fischer e Maria Dupre se casaram, ele com 18 anos e ela com 17 anos.
Transcrição: Aos vinte e sete dias de outubro de mil oitocentos e sessenta de oito, nesta matriz, na cidade de Limeira, pelas nove horas da manhã, com provisão do vigário e alvará do juiz municipal, ambos datados de vinte e seis de outubro, perante mim, receberam em matrimônio, por marido e mulher, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, Martinho, filho de Antonio Fischer e Isabel Fischer, natural e batizado na cidade de Constituição e Maria, fila de João Dupre e de Catharina Dupre, natural e batizada na Alemanha, ambos fregueses desta cidade de Limeira, logo lhes dei as bençãos nupciais… e faço este assento.
Com seus filhos e parentes, o casal viveu na região de Limeira, São Paulo. Na mesma cidade eles também faleceram. Martinho Fischer morreu aos 63 anos, em 05 de agosto de 1913, vítima de hemorragia cerebral. Maria Dupre faleceu aos 92 anos, em 01 de setembro de 1942, em sua residência, na rua Doutor Trajano, nº 445, vítima de artérioesclerose cárdio renal. Ambos foram sepultados no cemitério municipal de Limeira.
Em 03 de junho de 1862 a família Dupre, oriunda de Muhl, Neuhütten, distrito de Trier-Saarburg, na Renânia-Palatinado, na Alemanha, embarcou no porto da Antuérpia, Bélgica, rumo ao Brasil. A bordo do navio patacho dinamarquês Challenger, dirigido pelo capitão Lubbe, Johann Michael Dupre, sua esposa Katharina Rosar e seus 6 filhos viajaram pelo Oceano Atlântico, juntos com outros imigrantes contratados pela Vergueiro e Cia.
Após 53 dias de viagem, eles desembarcaram no Porto de Santos, em 26 de julho de 1862 e, de lá, seguiram rumo a fazenda Ibicaba em Limeira, São Paulo, onde se estabeleceram como colonos e trabalharam no regime de parceria.
Johann e Katharina tinham 50 anos de idade cada um e seus filhos, alguns já eram adultos, outros adolescentes e crianças. Peter Dupre, 27 anos; Johann Dupre, 24 anos; Catharina Dupre, 20 anos; Max Dupre, 16 anos; Georg Dupre, 12 anos e Maria Dupre, 9 anos. Alguns estudos apontam que Peter não era filho legítimo, mas por ter migrado junto com a família, foi considerado como filho.
Uma outra filha do casal não emigrou com os pais, Helene Dupre ficou na Alemanha. Com 22 anos na época, ela possivelmente já era noiva de Johann Peter Rosar, com quem se casou em 1863.
Filha caçula de Johann e Katharina, Maria Dupre nasceu em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, na Alemanha e se casou em 1868, em Limeira, São Paulo, com Martinho Fischer. Ele filho deAnton Fischere Elizabeth (Izabel) Barth e neto de Martin Fischer e Catharina Stumpf, também colonos de Ibicaba. Martinho nasceu em 5 de setembro de 1850, em Piracicaba, São Paulo.
Transcrição: No mesmo dia e igreja batizei e pus os santos olhos no menino Martinho, de idade de um mês, filho de Antonio Fischer e Izabel Barth. Foram padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Catharina Fischer.
Não conseguimos precisar se Martinho e Maria se conheceram na fazenda Ibicaba ou posteriormente, quando as famílias de ambos já haviam deixado a colônia e se estabelecidos em cidades da região como Limeira, Rio Claro e Piracicaba.
Há indícios de que Maria era católica e Martinho protestante, mas a religião diferente não impediu o casamento. O enlace deste casal selou a união da família Fischer com a família Dupre e deu origem a uma das linhagens de Fischer no interior de São Paulo.
Transcrição: Aos vinte e sete dias de outubro de mil oitocentos e sessenta de oito, nesta matriz, na cidade de Limeira, pelas nove horas da manhã, com provisão do vigário e alvará do juiz municipal, ambos datados de vinte e seis de outubro, perante mim, receberam em matrimônio, por marido e mulher, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, Martinho, filho de Antonio Fischer e Isabel Fischer, natural e batizado na cidade de Constituição e Maria, fila de João Dupre e de Catharina Dupre, natural e batizada na Alemanha, ambos fregueses desta cidade de Limeira, logo lhes dei as bençãos nupciais… e faço este assento.
Martinho Fischer e Maria Dupre tiveram 7 filhos, são eles:
Com seus filhos e parentes, o casal viveu na região de Limeira, São Paulo. Ali eles também faleceram, Martinho em 1913, aos 63 anos e Maria em 1942, aos 92 anos.
Anton Fischer, filho de Martin Fischer e Katharina Stumpf, emigrou da Alemanha para o Brasil, com os pais e irmãos, em 1847. Eles teriam sido parte da primeira leva de colonos contratado pela Vergueiro e Cia, no regime de parceria, para trabalharem na fazenda Ibicaba, em Limeira, São Paulo.
Anton, que no Brasil se transformou em Antônio Fischer, nasceu em 27 de abril de 1823, em Flonheim, Alzey-Worms, no estado da Renânia-Palatinado, na Alemanha. Ele foi casado com Elizabeth Barth, no Brasil o nome de sua esposa se tornou Izabel, mas não conseguimos precisar, ainda, se ele se casou no Brasil ou se veio casado da Alemanha. O casal teve comprovadamente 6 filhos, todos no Brasil, são eles:
Anton Fischer foi diretor da Fazenda Ibicaba. O nome dele é citado em livros que tratam sobre o trabalho dos colonos na fazenda, como o clássicoIbicaba, uma experiência pioneira, de autoria do historiador José Sebastião Witter, que aponta que os diretores de origem alemã Adolph Jonas e Anton Fischer detiveram o poder entre os anos posteriores a 1850 até 1867.
O nome de Anton ou Antônio Fischer também aparece no Livro Mestre da colônia Vergueiro, como assinatura nos documentos de contabilidade dos colonos, como no exemplo abaixo:
Alguns registros que abordam o período da revolta dos colonos contam que o diretor da fazenda Ibicaba, de sobrenome Fischer, era uma figura pouco apreciada pelos colonos e motivo de reclamações. Como diz esse trecho do livro Viagem às províncias do Rio de Janeiro e São Paulo, de autoria de J.J. Tschudi (pág. 187): “Um dos piores elementos desta categoria miserável foi, sem dúvida, o diretor da fazenda Vergueiro, um certo Fischer, homem sem cultura nem educação, inominávelmente brutal, que veio a ter que se entender com a polícia e a justiça”.
Após o período na fazenda Ibicaba e a possível passagem por Piracicaba, Antônio Fischer, possivelmente viúvo (não conseguimos precisar ainda a data da morte de Elizabeth Barth), se mudou para Rio Claro, ali ele morou na Rua Alegre, nº 05, atual Avenida Cinco e passou a trabalhar como negociante. Ele estreitou laços com a comunidade evangélica local, prova disso é que o nome dele consta como padrinho de casamento e de batismo em alguns registros luteranos.
Em 08 de outubro de 1874, em Rio Claro, São Paulo, Anton Fischer, aos 51 anos, se casou, em segunda núpcias, com Paulina Grahnart, nascida em 11 de janeiro de 1846. Ela filha de Karl (Carlos) Grahnart e Margarida Grahnert, imigrantes provenientes da Turíngia, que também foram colonos em Ibicaba e chegaram no Brasil por volta de 1855/56.
Paulina Fischer faleceu pouco tempo depois do casamento, em 15 de novembro de 1875, em Rio Claro, São Paulo, onde foi sepultada no cemitério evangélico. O casal teria morado na Rua da Boa Vista, Nº 05, atual Rua Sete. O casal nao teve filhos.
O nome de Anton também aparece nos registros de membros/sócios do cemitério evangélico de Rio Claro, em 1879.
Antônio Fischer faleceu em 23 de agosto de 1884, aos 62 anos e foi sepultado no cemitério evangélico em Rio Claro, onde ele teria vivido seus últimos anos de vida. Sua residência teria sido na então Rua Alegre, Nº 5, atual Avenida Cinco.
Transcrição: Anton Fischer foi hoje aos 23 de agosto de 1884 – sepultado no Cemitério Evangélico local, natural da Alemanha, com 62 anos de idade.
Indícios mostram que Martin Fischer é um dos patriarcas pioneiros da família Fischer no Brasil e ainda mais se considerarmos apenas o estado de São Paulo. Ele teria chegado no Brasil em 1 de junho de 1847, como contratado pela Vergueiro e Cia, para trabalhar como colono, em regime de parceria, na Fazenda Ibicaba, em Limeira.
Ainda não conseguimos encontrar documentos que comprovem de fato que este Martin Fischer da Fazenda Ibicaba é o nosso antepassado, mas há fortes indícios de que seja ele. Há pouquíssimos documentos sobre esse período, o que dificulta a comprovação.
Além do registro no livro de abertura da Colônia Vergueiro, onde há o nome de Martin Fischer, nesta página há um indivíduo de nome Martin Fischer que emigrou em 1846, mas não se sabe para onde. Na primeira lista de Ibicaba há apenas os nomes dos chefes de família e nada mais, o que dificulta as pesquisas. Já em listas posteriores da Colônia há o local de origem, profissão, estado civil e o nome da esposa e ainda os dos filhos.
Os registros de emigrantes, na Alemanha daquela época, eram de forma incompleta; geralmente as licenças para saírem do país, assim como os passaportes, eram dos grupos familiares e, até onde sabemos, nem sempre mencionavam o nome das esposas ou dos filhos. Assim como na Alemanha, os registros de imigrantes no Brasil, daquela época, eram precários ou inexistentes.
Segundo o autor José Eduardo Heflinger Jr. em seu livro Ibicaba o berço da imigração europeia de cunho particular (pag. 37, 38, 39 e 40), ele cita que em 1846 o Senador Nicolau de Campos Vergueiro, a pedido do governo imperial do Brasil, tendo em vista o eminente fim da escravidão, empreendeu a busca por imigrantes interessados em virem para o Brasil, iniciando a substituição do trabalho escravo pelo trabalhador livre. O fato da Alemanha na época viver um período de grave crise, com falta de emprego, fome e frequentes conflitos internos e externos, motivava o alemão a ter interesse pela proposta de vida nova na América do Sul, mas segundo o autor, o interesse era maior da classe média urbana e não do pobre camponês, que vivia na roça e tinha medo de enfrentar o desconhecido. Por isso, muitos dos imigrantes que vieram para Ibicaba não eram lavradores, mas sim trabalhadores urbanos como marceneiros, serralheiros, sapateiros, ferreiros, pedreiros, entre outros.
A proposta de trabalho para o imigrante era o regime de parceria, no qual o contratante, no caso a Vergueiro e Cia, custeava a viagem do imigrante e seus familiares, que já saiam da Alemanha contratados, mas teriam que pagar essa dívida depois. Cerca de 450 pessoas, de várias partes da Alemanha, mas principalmente da Renânia e do Holstein, foram recrutadas na Alemanha e reunidos na cidade de Mainz. De lá foram para o Porto de Hamburgo, por onde deixaram a Europa em março de 1847. Ao chegarem no Brasil, em junho de 1847, desembarcaram no Porto de Santos 422 pessoas, sendo que 401 colonos foram encaminhados para a fazenda Ibicaba, onde tinham 34 casa aguardando para abriga-los. Na fazenda foram destinados a eles um pedaço de terra onde deveriam plantar ítens básicos para alimentação como feijão e arroz, no entorno da casa poderiam criar animais como porcos e galinhas. Outros alimentos eram vendidos para o colono numa espécie de armazém que havia dentro da própria fazenda. Cada família recebeu um número de pés de café que deveria cuidar. Parte do valor fruto das colheitas do café ficava para o fazendeiro e parte para o colono. Este dinheiro o colono usava para seu sustento e também para quitar sua dívida com o contratante.
Depois de alguns meses na colônia, alguns imigrantes já celebravam a vida no Brasil e escreviam cartas para a Alemanha, contando como era a vida no novo país e muitas vezes convidando outros familiares para também emigrarem. Martin Fischer foi um dos colonos que escreveu uma carta para a Alemanha, em 1848, relatando como era a vida em Ibicaba e manifestando contentamento com o regime de parceria. Mas esta carta ainda não encontramos, seguimos em busca dela.
Apesar de não termos um documento que comprove, as pesquisam levam a crer que este Martin Fischer de Ibicaba seja o Martin Fischer casado com Catharina Elizabeth Stumpf. Este casal emigrou para o Brasil antes de 1851, prova disso é que um filho deles se casou nesse ano, em Limeira. Tal indício colabora para nossa hipótese de coincidência entre os Martin, que muito provavelmente se tratam da mesma pessoa.
Martin Fischer e Catharina Elizabeth Stumpf tiveram sete filhos que emigraram com eles para o Brasil:
Anton Fischer (1823-1884)
Johann Jakob Fischer (1825-?)
Johann Martin Fischer (1829-1912)
Friedrich Fischer (1831-?)
Heinrich Fischer (1834-?)
Catharina Fischer (1837-1892)
Phelipp Fischer (1843-?)
Martin Fischer nasceu em 1804 e sua esposa Katharina Elizabetha Stumpf em 1794. A diferença de 10 anos entre eles e no caso a esposa mais velha que o marido, embora pareça algo estranho, era comum na época.
Quando o casal emigrou com os filhos da Alemanha para o Brasil eles moravam em Flonheim, Alzey-Worms, no estado da Renânia-Palatinado, na Alemanha. Ali eles se casaram e tiveram seus filhos, mas não conseguimos confirmar, ainda, se eles são naturais dessa localidade.
Sobre o matrimônio do casal conseguimos encontrar um documento de 22 de maio de 1832, uma espécie de revalidação do casamento. O registro, em alemão, é da igreja de Flonheim.
Transcrição e tradução: Após inscrição no registro matrimonial da paróquia civil de Flonheim, de acordo com a certidão do prefeito local, o casamento entre Martin Fischer de Flonheim e Katharina Elisabeth Stumpf de Flonheim, foi celebrado no dia vinte e dois de Maio de 1832 e foi publicamente abençoado pelo pastor protestante de Flonheim, após a proclamação ordinária anterior, hoje no dia vinte de dois de Maio de 1832.
Uma curiosidade sobre Martin Fischer e sua família é que antes de emigrarem da Alemanha para o Brasil, eles tentaram emigrar para os EUA, em 1837, mas por algum motivo ainda desconhecido, eles não se mudaram para a América do Norte e 10 anos depois, em 1847 desembarcaram no Brasil.
Cerca de 10 anos depois do início da Colônia Vergueiro, em 1857, aconteceu a revolta dos colonos, liderada por Thomas Davatz, como consta no livro Memórias de um Colono no Brasil. Os revoltados acusavam o regime de parceria de ser injusto e impor aos colonos uma situação de escravidão por dívida. Os colonos descontentes relatavam que com o valor que recebiam da parte que lhes cabia na colheita, mais o alto custo dos produtos adquiridos por eles no armazém da fazenda, era impossível quitarem a dívida com o contratante e ficarem livres para viverem suas vidas onde quisessem. Este fato com grande repercussão na Europa, obrigou o senador Vergueiro a comprovar que a vida dos colonos na fazenda não era tão ruim e para isso precisou demonstrar através de dados, que muitos imigrantes haviam quitado suas dívidas e deixado a colônia, livres para viverem suas vidas nas cidades e alguns deles com dinheiro suficiente para adquirirem propriedades.
Este foi o caso de Martin Fischer, que é citado na lista enviada pelo Senador Vergueiro, que consta no livro Revolta dos Parceiros de Ibicaba (pág. 62) como um dos colonos que em 1857 já havia deixado a colônia Ibicaba com dinheiro e tinha propriedade. Ou seja, embora alguns colonos pudessem ter enfrentado dificuldade que motivaram a revolta, outros, especialmente aqueles em idade ativa, com saúde e família numerosa, com muitos filhos já em idade para trabalhar, conseguiram quitar suas dívidas com o contratante e estavam livres para viverem suas vidas como quisessem.
Não conseguimos precisar a data exata que Martin Fischer deixou a fazenda Ibicaba, mas há indícios de que no início dos anos 1850 ele já não estava mais na colônia e seu filho mais velho Anton Fischer já havia assumido uma função administrativa na colônia, como cita o autor José Sebastião Witter, no livro Ibicaba uma experiência pioneira (pág. 58), quando diz que de 1850 até 1867 os diretores de origem alemã Adolph Jonas e Anton Fischer detiveram o poder.
Mas mesmo com os exemplos bem sucedidos de colonos que pagaram suas dívidas e seguiram suas vidas no Brasil, a campanha contra a imigração pelo regime de parceria causou grande repercussão na Europa, especialmente nos países germânicos, que proibiram em 1857, após a Revolta dos Colonos, a vinda, de maneira legal, de mais imigrantes. Outros grupos de emigrantes deixaram a Alemanha posteriormente a proibição, mas muitos de maneira ilegal, sem a aprovação do governo local. Essa dificuldade maior para os recrutadores, fez com que eles fossem obrigados a buscar outros povos interessados na vinda para o Brasil. Foi então que começou a vinda dos italianos, que no final do século XIX e início do século XX povoaram o Brasil e se tornaram um dos maiores grupos migratórios do país.
Quando iniciamos as pesquisas genealógicas sobre a família Fischer, descobrimos que nosso antepassado mais antigo até então, Henrique Fischer (1874-1939), era natural de Constituição, atual Piracicaba, São Paulo e filho de Martinho Fischer e Maria Dupre.
Este nome, Martinho Fischer, despertou nossa curiosidade quando descobrimos que um dos imigrantes da primeira lista de colonos da Fazenda Ibicaba se chamava Martin Fischer. Pensávamos que Martinho pudesse ser uma forma carinhosa de tratamento no diminutivo para o pai de Henrique.
Martin Fischer é um dos imigrantes recrutados em agosto de 1846 pela Vergueiro e Cia sob o contrato de trabalho no regime de parceria, para integrar o grupo de colonos pioneiros da Fazenda Ibicaba. Ele deixou o porto de Hamburgo, onde hoje é a Alemanha, rumo ao Brasil, em abril de 1847 e, depois de 42 dias de viagem pelo Oceano Atlântico, em 01 de junho, chegou em Santos, São Paulo, junto com os primeiros imigrantes contratados.
Depois de uma cansativa viagem, de Santos até Limeira, no lombo de cavalos e burros, em 16 de junho de 1847, junto com 75 famílias e 364 pessoas, Martin Fischer e sua família enfim chegavam na Fazenda Ibicaba, em Limeira, São Paulo.
Vale ressaltar que nesta lista dos primeiros colonos há apenas os nomes dos chefes de família e nada mais, diferente de listas posteriores da Colônia, que trazem dados como o local de origem, profissão, estado civil, o nome da esposa e ainda os dos filhos.
Estávamos animados com nossas pesquisas, até descobrirmos que Martinho Fischer, pai de Henrique, nasceu em 1850. Com essa informação, comprovada pelo registro de óbito dele, em 1913, aos 63 anos, em Limeira, São Paulo, descartamos a possibilidade do nosso Martinho, ser o Martin Fischer que chegou em Ibicaba em 1847.
Mas não desistimos, nossas hipóteses levavam a pensar que Martinho pudesse ser filho de Martin. Continuamos as buscas até encontrarmos o assento de batismo de Martinho Fischer nos registros do Family Search.
No documento da Igreja Matriz de Nossa Senhora das Dores consta que Martinho Fischer nasceu em 05 de setembro de 1850 e foi batizado em 05 de outubro do mesmo ano. Ele era filho de Antonio Fischer e Izabel Barth.
Transcrição: No mesmo dia e igreja batizei e pus os santos olhos no menino Martinho, de idade de um mês, filho de Antonio Fischer e Izabel Barth. Foram padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Catharina Fischer.
Este documento mostrou que Martinho não era filho do Martin Fischer de Ibicaba, mas com a informação sobre seu pai Antonio, descobrimos que ele era na verdade neto. Isso porque Antonio Fischer é na verdade Anton Fischer, um dos filhos de Martin.