Muhl, a origem dos Dupre na Alemanha

Imagem ilustrativa do vilarejo de Muhl na Alemanha no século 19

Johann Michael Dupre, patriarca da Família Dupre no Brasil, é oriundo de Muhl, Neuhütten, no estado da Renânia-Palatinado, na Alemanha.

Igreja em Muhl
Igreja em Muhl

História do distrito de Neuhütten
A história da alongada cidade de Neuhütten, localizada na encosta norte do Dollberg, começa no final do século XVII e pode estar ligada ao ressurgimento da indústria do ferro no Altbachtal. Até então, toda a área da aldeia de hoje era coberta por floresta e pertencia ao governo Züsch. O proprietário era Vogt Ernst Ludwig von Hunolstein.

De cerca de 1800 a 1970, Neuhütten consistia nos seguintes três distritos:

Os trabalhadores (ferreiros, fundidores, etc.) se estabeleceram no lado diagonalmente oposto da fábrica na encosta do Dollberg. Lá eles construíram pequenas cabanas. Assim foi criado o atual distrito de Schmelz , localizado a oeste , cujo nome pode ser explicado claramente pela operação de fundição de ferro. As primeiras pessoas deveriam ter vivido lá já em 1700. Na década de 1750/59 havia 29 famílias católicas no Schmelz , 11 com nomes alemães e 18 com nomes franceses. Em 1781 já havia 161 pessoas morando lá. 28 casas foram encontradas em 1787, nas quais viviam 31 famílias com 114 pessoas.

O distrito do norte chamado Zinsershütten provavelmente se originou por volta de 1730 ou mesmo por volta de 1725, já que um portador do nome Zinser é dado como padrinho “ vindo da floresta Züscher ”. O nome está associado aos provavelmente primeiros habitantes Johann Peter Zinser e às famílias de seus dois filhos Johann Nikolaus e Johann Jakob (a família Zinser veio de Rhaunen). Eles trabalharam como picadores de madeira e queimadores de carvão a serviço da fábrica no vale. Em 1758 existiam 10 quartéis na área residencial, onde viviam 21 famílias com 6 alemães e 15 com nomes franceses. Em 1781 viviam ali 103 pessoas e, em 1787, havia 74 pessoas em 20 casas em 22 famílias.

A última fundação diz respeito à parte central do lugar chamada Neuhütten . Por volta de 1758, a área entre Schmelz e Zinsershütten já havia sido desmatada. Um caminho estreito conectava os dois locais de residência. A oeste de Muhl ficava o assentamento chamado Schneidershütten , em homenagem ao alfaiate coxo Peter Arend, que viveu lá por volta de 1718/20 . Em 1744, havia 9 quartéis no local. Já em 1756 houve uma disputa entre o proprietário de Züsch e o escritório de Birkenfeld sobre a área disputada de Schneidershütten. Depois de muitas negociações, chegou ao ponto que o assentamento teve de ser evacuado. Aconteceu então que no verão de 1759 as 22 famílias tiveram que deixar o local de residência anterior.  17 das famílias mudaram-se para lá, as outras para outras aldeias. Este novo lugar foi chamado de “Maltets-Barracks ” em homenagem ao residente Gil Malts; ao mesmo tempo, surgiu o nome “novas cabanas“. Ainda hoje o distrito é chamado de “o Placke ” no uso dos habitantes . Em 1781, havia 96 habitantes; 1787 49 pessoas em 18 casas.

Durante a ocupação francesa por volta de 1800, todas as três partes independentes foram combinadas em um município com o nome de Neuhütten . Sobrenomes que parecem franceses ainda estão representados hoje, como Bouillon, Detemple, Düpre, Kolling, Lorang, Mathieu, Petto, Serwene, Sossong.

História do distrito de Muhl

O distrito de Muhl ao norte foi incorporado a Neuhütten em 7 de novembro de 1970. Desde a sua criação por volta de 1725/30, a aldeia pertenceu ao distrito de Birkenfeld de Hintersponheim, veio para Baden em 1776 e foi fundida com Börfink para formar um município no distrito de Trier em 1816. De acordo com a lei de simplificação administrativa de 12 de novembro de 1968, Muhl e Börfink vieram para o distrito de Birkenfeld em 7 de junho de 1969, Muhl se separou de Börfink em 1970 e foram para o distrito de Trier.

Muhl vista de cima
Muhl vista de cima

Não há clareza total sobre a origem e interpretação do nome do lugar; em 4 de novembro de 1736 aparece um padrinho “do moinho”. Esta é a primeira menção do nome Muhl. Depois disso, o nome do lugar fica sempre assim. O nome vem de “Mulde”? Os moradores viviam principalmente cortando lenha e queimando carvão. Muhl era um estabelecimento exclusivamente de trabalhadores florestais em conexão com a siderúrgica de Züsch. Provavelmente, a primeira família residente foi a de Dominik Düpre, o ancestral de todos na área chamada Düpre. Em 1744, havia apenas 5 casas em Muhl.

Ainda hoje esta área também é conhecida por suas florestas e é um destino popular para caminhadas e atividades ao ar livre. A economia local tem sido historicamente baseada em madeira e agricultura.

Fonte: Neuhütten und Muhl – Nationalpark

Martinho Fischer e Maria Dupre

Martinho Fischer e Maria Dupre, este casal deu origem a uma das linhagens da família Fischer no Brasil.

Retrato Martinho Fischer
Retrato Martinho Fischer

Filho de Anton Fischer e Elizabeth (Izabel) Barth, Martinho Fischer nasceu em 05 de setembro de 1850, na cidade de Constituição, atual Piracicaba no estado de São Paulo. Na mesma cidade ele foi batizado, na igreja católica, Matriz de Santo Antônio, no dia 05 de outubro de 1850. Foram padrinhos Martin Fischer e Catharina Stumpf, seus avós paternos.

Assento de batismos de Martinho Fischer
Assento de batismos de Martinho Fischer

Transcrição: No mesmo dia e igreja batizei e pus os santos olhos no menino Martinho, de idade de um mês, filho de Antonio Fischer e Izabel Barth. Foram padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Catharina Fischer.

Por algum motivo que desconhecemos, Martinho Fischer foi rebatizado na mesma igreja Matriz de Piracicaba, 34 anos após seu nascimento. Acreditamos que o novo assento tenha sido necessário para que Martinho pudesse ser padrinho de alguma criança ou de casamento. Naquela época e mesmo hoje, os registros de batismos católicos são obrigatórios para que alguém possa participar de um dos sacramentos da Igreja, como batizar ou ser testemunha de casamento de outra pessoa católica. Então, devido ao mau estado de conservação do primeiro assento de Martinho, ou mesmo por não terem encontrado o registro original, foi necessário refazer o sacramento com a declaração de testemunhas.

Confirmação do batismo de Martinho Fischer em 1884
Confirmação do batismo de Martinho Fischer em 1884

Transcrição: Aos dezesseis de outubro de mil oitocentos e oitenta e quatro, nesta Matriz, em virtude de autorização que me foi concedida por sua Excelência Reverendíssima, em minha presença compareceram Martinho Hilsdorf e Valentim Hebling, pessoas legítimas e por mim conhecidas, por eles me foi informado e sob suas consciências com efeito de verdade, que foi batizado nesta matriz, no ano de mil oitocentos e cinquenta, pelo já falecido vigário José Gomes, o então inocente Martinho, filho legítimo de Anton Fischer e Izabel Fischer Barth. Foram padrinho Martinho Fischer e Maria Magdalena Hilsdorf. Nada mais foi perguntado e para constar lavrei este assento com as testemunhas.

Filha caçula do casal Johann Michael Dupre e Katharina Rosar, Maria Dupre nasceu em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha. Em 03 de junho de 1862, aos 9 anos de idade, ela emigrou para o Brasil com seus pais e irmãos.

A família Dupre foi contratada pela Vergueiro e Cia, como colonos no regime de parceria. Em 26 de julho de I862 desembarcaram em Santos, São Paulo e de lá foram encaminhados para a Colônia Vergueiro, na Fazenda Ibicaba, em Limeira, São Paulo.

Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862
Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862

Transcrição: Relação dos Colonos vindos de Anvers (Antuérpia) no Patacho Dinamarquês Challenger – Capitão W. Lubbe, entrados neste Porto (Santos), em 26 de julho de 1862, contratados pela Vergueiro e Cia para a Colonia Ibicaba.

Johann Dupre, 50 anos, casado, natural de Muhl, na Prussia, lavrador
Catharina, 50 anos, esposa
Peter, filho, 27 anos, solteiro
Johann, filho, 24 anos, solteiro
Catharina, filha, 20 anos, solteira
Max, filho, 16 anos, solteiro
Johann Georg, 12 anos, solteiro
Maria, 09 anos, solteira

A família Dupre era originária de Muhl, Neuhütten, uma pequena aldeia que tem sua data de criação por volta de 1725/30. Não há clareza total sobre a origem e interpretação do nome do lugar. Localizada numa região de florestas, os moradores viviam principalmente cortando lenha e queimando carvão. Provavelmente, a primeira família residente no local foi a de Dominik Dupre, o ancestral de todos na área com sobrenome Dupre. Como o sobrenome leva a crer, Dupre tem origem na língua francesa e os ancestrais da família de Maria eram originários da Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que posteriormente se espalharam pela região da Renânia, que foi ocupada pela França, antes de voltar ao domínio da Alemanha.

Não conseguimos precisar se Martinho e Maria se conheceram na fazenda Ibicaba ou posteriormente, quando as famílias de ambos já haviam deixado a colônia e se estabelecidos em cidades da região como Limeira, Rio Claro e Piracicaba.

Há indícios de que Maria era católica e Martinho protestante, mas a religião diferente não impediu o casamento. O enlace deste casal selou a união da família Fischer com a família Dupre e deu origem a uma das linhagens de Fischer no interior de São Paulo.

Seis anos mais tarde, em 27 de outubro de 1868, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Limeira, São Paulo, Martinho Fischer e Maria Dupre se casaram, ele com 18 anos e ela com 17 anos.

Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre
Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre

Transcrição: Aos vinte e sete dias de outubro de mil oitocentos e sessenta de oito, nesta matriz, na cidade de Limeira, pelas nove horas da manhã, com provisão do vigário e alvará do juiz municipal, ambos datados de vinte e seis de outubro, perante mim, receberam em matrimônio, por marido e mulher, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, Martinho, filho de Antonio Fischer e Isabel Fischer, natural e batizado na cidade de Constituição e Maria, fila de João Dupre e de Catharina Dupre, natural e batizada na Alemanha, ambos fregueses desta cidade de Limeira, logo lhes dei as bençãos nupciais… e faço este assento.

O casal teve 7 filhos, são eles:

Izabel Fischer (1869-?)

Catharina Fischer (1870-?)

João Fischer Sobrinho (1873-1918)

Henrique Fischer (1874-1939)

José Fischer (1877-?)

Mathias Fischer (1879-?)

Maximiliano Fischer (1881-?)

Com seus filhos e parentes, o casal viveu na região de Limeira, São Paulo. Na mesma cidade eles também faleceram. Martinho Fischer morreu aos 63 anos, em 05 de agosto de 1913, vítima de hemorragia cerebral. Maria Dupre faleceu aos 92 anos, em 01 de setembro de 1942, em sua residência, na rua Doutor Trajano, nº 445, vítima de artérioesclerose cárdio renal. Ambos foram sepultados no cemitério municipal de Limeira.

Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de Óbito de Maria Dupre
Registro de Óbito de Maria Dupre

Dominik Dupre e a origem da família Dupre

A família Dupre que se estabeleceu no Brasil, mais especificamente na região de Limeira, Piracicaba e Rio Claro, ou suas variações de sobrenomes como: Düpre, Duppre, Dupret, Duprat, Dupler, Dipre, muito provavelmente tem origem em um único patriarca, Dominik Dupre. Ele é o possível ancestral de todos os Dupre que moravam na região de Muhl, Neuhütten, distrito de Trier-Saarburg, na Renânia-Palatinado, na Alemanha, origem de grande parte dos Dupre brasileiros.

Dominik era lenhador e foi um dos fundadores do assentamento chamado Muhl, um pequeno vilarejo, rodeado por florestas. Por isso, os moradores locais trabalhavam principalmente com madeira e na produção de carvão. Provavelmente, a primeira família residente em Muhl foi a de Dominik Dupre.

Apesar de ter nascido na região, por volta do ano 1705, em Birkenfeld, há indícios de que os ancestrais de Dominik não eram alemães, mas sim tenham origem na região da Bélgica, Luxemburgo e Holanda. A forte influência francesa nesses países e mesmo a região da Renânia, justificam a presença de muitas famílias com sobrenomes de raiz etimológica francesa, como é o caso do sobrenome Dupre.

Dominik Dupre seria filho de Gerardus Dupre, nascido por volta de 1680, na região de Remich, Grevenmacher, Luxemburgo. Sua mãe teria o nome de Anna Maria, não conseguimos precisar o sobrenome dela.

Seus avós paternos seriam Johannes Dupre (1648-1685) e Christina Drabbe (1647-?). Este casal seria natural da região da Zelândia, na Holanda. Os bisavós paternos de Dominik seriam Rameus Janssens Dupre (1621-1661) natural de Henegouwen, na Bélgica e Janeke Frans Pietersen (1621-1660) natural da Zelândia, na Holanda. Pela linha paterna, Dominik seria ainda trineto de Jean Dupre (1595-?) provavelmente natural da Bélgica.

Dominik Dupre casou-se duas vezes, primeiro, em 1724, em Hermeskeil, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha, com Maria Gertrud Hewele (1700-1733). Este casal teve 4 filhos:

Maria Magdalena Dupre (1724)

Johann Peter Dupre (1725)

Anna Catharina (1728)

Georg Dupre (1731)

Após o falecimento de sua primeira esposa, Maria Gertrud em 1733, Dominik casou-se com Anna Calacuro (1716-1757), em 1734, em Züsch, Hermeskeil, Trier Saarburg, na Alemanha. Este casal teve 7 filhos:

Johann Peter Dupre (1736)

Franz Dupre (1738)

Johannes Dupre (1739)

Nicholas Dupre (1740)

Anna Maria Dupre (1742)

Johann Conrad Dupre (1744)

Christian Dupre (1746)

Sua segunda esposa, Anna Calacuro, faleceu em 1757, aos 41 anos, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha.

Os 11 filhos de Dominik Dupre geraram dezenas de netos e centenas de bisnetos, alguns continuaram na região de Muhl, outros se mudaram para outros lugares da Alemanha e alguns migraram para o Brasil e deram origem às linhagens dos Dupre no país.

Como foi o caso dos bisnetos Johann Dupre (João Dupre) (1800-?) que veio, em agosto de 1845, com a esposa Katharina Noel e seis filhos, para Petrópolis, no Rio de Janeiro. E Johann Michael Dupre (João Miguel Dupre) (1810-?) que emigrou em julho de 1862, com a esposa Katharina Rosar e seis filhos, para Ibicaba, em Limeira, São Paulo.

Dominik Dupre faleceu aos 64 anos, em 1769, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha, onde foi sepultado. Mas deixou para o mundo uma dinastia completa, que leva seu nome e sua história.

De Muhl para Ibicaba a união da família Dupre com a família Fischer

Em 03 de junho de 1862 a família Dupre, oriunda de Muhl, Neuhütten, distrito de Trier-Saarburg, na Renânia-Palatinado, na Alemanha, embarcou no porto da Antuérpia, Bélgica, rumo ao Brasil. A bordo do navio patacho dinamarquês Challenger, dirigido pelo capitão Lubbe, Johann Michael Dupre, sua esposa Katharina Rosar e seus 6 filhos viajaram pelo Oceano Atlântico, juntos com outros imigrantes contratados pela Vergueiro e Cia.

Famílias Dupre e Rosar recrutadas em Muhl
Famílias Dupre e Rosar recrutadas em Muhl

Após 53 dias de viagem, eles desembarcaram no Porto de Santos, em 26 de julho de 1862 e, de lá, seguiram rumo a fazenda Ibicaba em Limeira, São Paulo, onde se estabeleceram como colonos e trabalharam no regime de parceria.

Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862
Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862

Johann e Katharina tinham 50 anos de idade cada um e seus filhos, alguns já eram adultos, outros adolescentes e crianças. Peter Dupre, 27 anos; Johann Dupre, 24 anos; Catharina Dupre, 20 anos; Max Dupre, 16 anos; Georg Dupre, 12 anos e Maria Dupre, 9 anos. Alguns estudos apontam que Peter não era filho legítimo, mas por ter migrado junto com a família, foi considerado como filho.

Uma outra filha do casal não emigrou com os pais, Helene Dupre ficou na Alemanha. Com 22 anos na época, ela possivelmente já era noiva de Johann Peter Rosar, com quem se casou em 1863.

Família Dupre
Família Dupre

Filha caçula de Johann e Katharina, Maria Dupre nasceu em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, na Alemanha e se casou em 1868, em Limeira, São Paulo, com Martinho Fischer. Ele filho de Anton Fischer e Elizabeth (Izabel) Barth e neto de Martin Fischer e Catharina Stumpf, também colonos de Ibicaba. Martinho nasceu em 5 de setembro de 1850, em Piracicaba, São Paulo.

Assento de batismos de Martinho Fischer
Assento de batismos de Martinho Fischer

Transcrição: No mesmo dia e igreja batizei e pus os santos olhos no menino Martinho, de idade de um mês, filho de Antonio Fischer e Izabel Barth. Foram padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Catharina Fischer.

Não conseguimos precisar se Martinho e Maria se conheceram na fazenda Ibicaba ou posteriormente, quando as famílias de ambos já haviam deixado a colônia e se estabelecidos em cidades da região como Limeira, Rio Claro e Piracicaba.

Há indícios de que Maria era católica e Martinho protestante, mas a religião diferente não impediu o casamento. O enlace deste casal selou a união da família Fischer com a família Dupre e deu origem a uma das linhagens de Fischer no interior de São Paulo.

Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre
Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre

Transcrição: Aos vinte e sete dias de outubro de mil oitocentos e sessenta de oito, nesta matriz, na cidade de Limeira, pelas nove horas da manhã, com provisão do vigário e alvará do juiz municipal, ambos datados de vinte e seis de outubro, perante mim, receberam em matrimônio, por marido e mulher, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, Martinho, filho de Antonio Fischer e Isabel Fischer, natural e batizado na cidade de Constituição e Maria, fila de João Dupre e de Catharina Dupre, natural e batizada na Alemanha, ambos fregueses desta cidade de Limeira, logo lhes dei as bençãos nupciais… e faço este assento.

Martinho Fischer e Maria Dupre tiveram 7 filhos, são eles:

Izabel Fischer (1869-?)

Catharina Fischer (1870-?)

João Fischer Sobrinho (1873-1918)

Henrique Fischer (1874-1939)

José Fischer (1877-?)

Mathias Fischer (1879-?)

Maximiliano Fischer (1881-?)

Com seus filhos e parentes, o casal viveu na região de Limeira, São Paulo. Ali eles também faleceram, Martinho em 1913, aos 63 anos e Maria em 1942, aos 92 anos.

Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de Óbito de Maria Dupre
Registro de Óbito de Maria Dupre