Joaquim Fischer, Quim do Grupo ou Quinzinho

Joaquim Fischer aos 22, 72 e 92 anos

Joaquim de Souza Fischer, filho do casal Dorvalina Fischer e Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho, nasceu em Lindóia, São Paulo, em 18 de agosto de 1928. Neto de Henrique Fischer e Zulmira Evangelista pelo lado materno, do lado paterno tinha como avós José de Souza de Godoy e Ana Francisca da Costa.

Seus bisavós eram Martinho Fischer e Maria DupreJoão José Evangelista e Maria José RosaCipriano de Souza de Moraes e Maria de Souza de GodoyJoaquim da Costa Figueiredo e Francisca Rodrigues da Silva.

Certidão de nascimento de Joaquim Fischer
Certidão de nascimento de Joaquim Fischer

Joaquim perdeu sua mãe Dorvalina Fischer quando tinha apenas três anos de idade, em 1831. Junto com seus quatro irmãos, Benedicto, Sebastiana, Antonieta e José, ele foi criado por seu pai Joaquim e sua tia Cyra Fischer.

Na adolescência ele jogava futebol no time da cidade de Lindóia e também tocava na banda municipal.

Joaquim Fischer (deitado à frente) no time de futebol de Lindóia, em 1942
Joaquim Fischer (deitado à frente) no time de futebol de Lindóia, em 1942

Joaquim Fischer era funcionário público e trabalhava como zelador/bedel na Escola Estadual Pedro de Toledo em Lindóia, até se aposentar. Mesma função exercida anteriormente por seu pai Joaquim de Souza de Godoy.

Mas antes de ter um trabalho fixo formal em sua cidade natal, Joaquim morou um tempo em São Paulo, junto com seu irmão mais velho, Benedicto, que já morava e trabalhava como padeiro na capital paulista. O jovem Joaquim trabalhou como entregador de mercadorias, em comércios na região central de São Paulo.

Ele não se adaptou a realidade da vida paulistana e resolveu voltar para Lindóia, onde em 23 de dezembro de 1950, aos 22 anos de idade, casou-se com Ana Carolina de Moraes, ela com 19 anos.

Certidão de casamento de Joaquim e Ana Carolina
Certidão de casamento de Joaquim e Ana Carolina
Casamento de Joaquim Fischer e Ana Carolina em 1950
Casamento de Joaquim Fischer e Ana Carolina em 1950, dama de honra Sonia Grava de Souza

Ana Carolina nasceu em Itapira, São Paulo, em 17 de abril de 1931. Filha de Raymundo Francisco de Moraes e Carolina de Jesus. Neta pelo lado paterno de Francisco José de Moraes e Delphina Alexandrina da Conceição. Seus avós maternos eram Celestrino de Souza e Sebastiana de Jesus.

Certidão de nascimento de Ana Carolina de Moraes
Certidão de nascimento de Ana Carolina de Moraes
Carolina de Jesus
Carolina de Jesus
Raymundo de Moraes
Raymundo de Moraes

Joaquim e Ana Carolina tiveram 12 filhos, dois deles faleceram ainda crianças (Paulo Roberto aos 4 anos, vítima de picada de escorpião e Luís Cláudio aos 8 meses, vítima de sarampo).

São eles:

Neide Maria de Souza Fischer (1952)

Antonio Marcos de Souza Fischer (1954)

Maria Aparecida de Souza Fischer (1955)

Sonia Maria de Souza Fischer (1957)

Jorge Luís de Souza Fischer (1959-2019)

Paulo Roberto de Souza Fischer (1960-1964)

Paulo Sérgio de Souza Fischer (1961)

Luís Claudio de Souza Fischer (1963-1963)

Claudia Maria de Souza Fischer (1965)

Silvia Helena de Souza Fischer (1968)

Rosemeire Regina de Souza Fischer (1970)

Telma Maria de Souza Fischer (1972)

Com tantos filhos para criar, Joaquim e Ana trabalhavam na escola, ela como merendeira e ele como zelador. Mas era preciso compor renda para dar conta de tantas despesas, por isso o casal também fazia papel de babás e cuidava de crianças dos vizinhos e conhecidos.

Joaquim também voltou a exercer a atividade de entregador. Agora em Lindóia, Joaquim entregava pães na cidade, logo de manhã ele passava na Padaria, pegava os pães e levava para os clientes de porta em porta.

Os filhos de Joaquim e Ana cresceram em Lindóia, estudaram, e a maioria se casou e teve filhos. Alguns fixaram residência em Lindóia e outros se mudaram para cidades vizinhas como Águas de Lindóia, Serra Negra e Ouro Fino. A família ficou numerosa, ao todo, em 2024, entre filhos e filhas, genros, noras, netos, bisnetos, trinetos e tetranetos, somam mais de 50 pessoas.

Quando se casaram e por algum tempo, Joaquim e Ana moravam em uma casa dentro da escola onde trabalhavam, depois eles se mudaram para uma casa na rua Fabiano Franco e posteriormente em uma casa na rua José de Freitas, onde viveram juntos com os filhos, netos e por muitos anos com Sebastiana Aparecida, carinhosamente chamada de Cuca, irmã de Joaquim, solteira, sem filhos, falecida em 2007, aos 86 anos.

Ana Carolina, Joaquim e Sebastiana
Ana Carolina, Joaquim e Sebastiana

Em dezembro de 2000, a família celebrou os 50 anos (bodas de ouro) do casamento de Joaquim e Ana Carolina. Dez anos mais tarde, em 2010, outra celebração comemorou os 60 anos de casados (bodas de diamante).

Joaquim Fischer e Ana Carolina em 2000
Joaquim Fischer e Ana Carolina em 2000
Joaquim Fischer e Ana Carolina em 2010
Joaquim Fischer e Ana Carolina em 2010

Em 18 de março de 2012, Ana Carolina faleceu em sua residência, em Lindóia, vítima de parada cardiorrespiratória e foi sepultada no cemitério local.

Após a morte de sua esposa, Joaquim passou a viver com sua filha mais nova, Telma e também sob os cuidados do filho Paulo Sérgio. Com a cabeça muito boa e lúcido, Quinzinho alguns anos mais tarde, após os 90 anos, já sofria de dificuldades físicas e não conseguia se locomover sozinho.

Em 02 de outubro de 2022, Joaquim Fischer faleceu, aos 94 anos. Seu corpo foi velado por amigos e familiares no velório municipal de Lindóia e sepultado no jazigo da família no Cemitério Municipal da cidade.

Dorvalina Fischer, a primogênita

Dorvalina Fischer, primeira filha do casal Henrique Fischer e Zulmira Evangelista, nasceu em Limeira, São Paulo, em 1898. Ela foi batizada em 22 de janeiro de 1899, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Limeira. Foram padrinhos seus avós paternos Martinho Fischer e Maria Dupre.

Assento de batismo de Dorvalina Fischer
Assento de batismo de Dorvalina Fischer

Transcrição: Aos vinte e dois de janeiro de mil oitocentos e noventa e nove, nesta Matriz, batizei solenemente Dorvalina, nascida em trinta de setembro do ano passado, filha legítima de Henrique Fischer e Zulmira Evangelista. Padrinhos Martinho Fischer e Maria Dupre.

Dorvalina passou sua infância em Limeira, junto com os pais e irmãos, CyraArmando e Augusto que nasceram posteriormente em 1901, 1903 e 1906. Aos oito anos de idade, ainda criança, Dorvalina ficou órfã, sua mãe Zulmira faleceu de tuberculose, em 14 de setembro de 1906.

Seu pai, Henrique Fischer, ficou viúvo e sozinho entre 1906 e 1912, mas tudo leva a supor que uma sobrinha de Zulmira, chamada Odila Evangelista, possa ter ajudado na criação dos filhos órfãos de Zulmira, já que ela viria a ser a segunda esposa de Henrique, em 30 de novembro de 1912.

Em 1913, Dorvalina, já uma adolescente com 15 anos, mudou-se de Limeira para Lindóia, São Paulo, junto com seu pai, sua madrasta e seus irmãos mais novos. Nesta cidade eles moravam na rua do Largo da Matriz, nº 05.

Três anos mais tarde, aos 18 anos de idade, em 30 de setembro de 1916, Dorvalina casou-se com Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho, ele com 30 anos, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Brotas, em Lindóia, São Paulo.

Registro de casamento de Dorvalina e Joaquim
Registro de casamento de Dorvalina e Joaquim

Transcrição: Aos trinta de setembro de mil novecentos e dezesseis, nesta Paróquia de Nossa Senhora das Brotas, de Lindoia, em minha presença e das testemunhas, Firmino de Godoy Bueno e Agenor do Nascimento, receberam-se em matrimônio os nubentes Joaquim de Souza de Godoy e Dorvalina Fischer, ele com trinta anos de idade, filho legítimo dos falecidos José de Souza de Godoy e Anna Francisca da Costa e ela com dezoito anos de idade, filha legítima de Henrique Fischer e da falecida Zulmira Evangelista, ambos os contraentes são fregueses desta paróquia.

Filho de José de Souza de Godoy e Anna Francisa da Costa, Joaquim nasceu em Serra Negra, São Paulo, em 1886. Ele era de uma família tradicional da região, considerados alguns dos fundadores de Lindóia. Diz a história da cidade, que alguns imigrantes portugueses e espanhóis, oriundos de Atibaia – Bairro da Guardinha, se desentenderam com o Governador da Capitania de São Paulo, e fugiram, se fixando às margens do Cezar. Segundo a história contada pelos antigos, estas famílias eram: Franco, Godoy, Alves, Souza, Almeida e Domingues. Dos documentos antigos constam que Manoel Alves de Almeida, criou um índio batizado pelo nome de Salvador Domingues de Almeida, fundando-se latifúndios às margens esquerda do Rio do Cezar, depois chamado Rio do Peixe, por ser muito piscoso. Construiu aí algumas residências e plantou suas lavouras. Consta ainda que Salvador Domingues de Almeida casou-se com Candida (triavós de Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho) e desse casamento teve muitos filhos, sendo que uma filha por nome de Anaesméria, casou-se com Joaquim Franco de Godoy (bisavós de Joaquim de Souza Sobrinho), doador das terras para construção da Igreja de Nossa Senhora das Brotas, que recebeu está homenagem, por ser esta região riquíssima em quantidades de brotas de água. 

Quando Joaquim casou-se com Dorvalina, ele já tinha uma filha de outro relacionamento, chamada Jandira de Souza. Joaquim e Dorvalina logo tiveram o primeiro filho e ao todo foram cinco, são eles:

Benedicto de Souza (1918-?)

Sebastiana Apparecida de Souza (1921-2007)

Antonieta de Souza (1923-2015)

Joaquim de Souza Fischer (1928)

José Benedito de Souza (1931-2017)

Vale pontuar que entre o nascimento de Antonieta e Joaquim passaram-se cinco anos, nesse intervalo não foi encontrado registro de filhos do casal, o que não era normal para a época. Pode ser que naqueles anos, Dorvalina possa ter engravidado e sofrido abortos, o que era muito comum.

Dorvalina Fischer faleceu em 1931, após o nascimento de seu filho José Benedito, em Lindóia, onde foi sepultada no cemitério local. Segundo história oral contada por familiares, ela morreu na dieta, período que a mulher se recupera após uma gestação.

Com a morte da esposa, Joaquim de Souza de Godoy ficou com os cinco filhos, relativamente pequenos, Benedicto, o mais velho, tinha apenas 13 anos, Sebastiana 10 anos, Antonieta 8 anos, Joaquim 3 anos e José Benedito recém nascido.

Segundo histórias contadas por familiares, Joaquim seguiu viúvo e continuou criando os filhos sozinho, com a ajuda de Cyra Fischer, irmã de Dorvalina. Cyra era recém casada com Sebastião de Souza Godoy, conhecido como Nino, e provavelmente parente de Joaquim. Cyra e Sebastião tiveram uma única filha, Silvia Benedicta, que morreu ainda bebê. Sem filhos, ela ajudou na criação dos sobrinhos.

Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho faleceu aos 77 anos, em Lindóia, São Paulo e foi sepultado no cemitério local. Antes da morte, ele ficou anos na cama após ter sofrido um AVC e era cuidado pela filha Sebastiana Aparecida.

Conrado Grava de Souza, neto de Joaquim, tem lembranças do avô: “Quando nasci, em 1949, o avô Joaquim era o único vivo. Lembro-me dele deitado em uma cama, em Lindóia, em uma casinha muito simples, na rua onde começava a estrada para Itapira. Ele morava com a minha tia Cida. Ele tinha perdido a fala e só se comunicava com a minha tia por um sininho. Tocava o sininho e, se minha tia demorava para atendê-lo, ao abrir a porta do quarto, na verdade uma cortina de tecido, ele atirava o sininho nela.

Retrato de Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho
Retrato de Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho

Muhl, a origem dos Dupre na Alemanha

Imagem ilustrativa do vilarejo de Muhl na Alemanha no século 19

Johann Michael Dupre, patriarca da Família Dupre no Brasil, é oriundo de Muhl, Neuhütten, no estado da Renânia-Palatinado, na Alemanha.

Igreja em Muhl
Igreja em Muhl

História do distrito de Neuhütten
A história da alongada cidade de Neuhütten, localizada na encosta norte do Dollberg, começa no final do século XVII e pode estar ligada ao ressurgimento da indústria do ferro no Altbachtal. Até então, toda a área da aldeia de hoje era coberta por floresta e pertencia ao governo Züsch. O proprietário era Vogt Ernst Ludwig von Hunolstein.

De cerca de 1800 a 1970, Neuhütten consistia nos seguintes três distritos:

Os trabalhadores (ferreiros, fundidores, etc.) se estabeleceram no lado diagonalmente oposto da fábrica na encosta do Dollberg. Lá eles construíram pequenas cabanas. Assim foi criado o atual distrito de Schmelz , localizado a oeste , cujo nome pode ser explicado claramente pela operação de fundição de ferro. As primeiras pessoas deveriam ter vivido lá já em 1700. Na década de 1750/59 havia 29 famílias católicas no Schmelz , 11 com nomes alemães e 18 com nomes franceses. Em 1781 já havia 161 pessoas morando lá. 28 casas foram encontradas em 1787, nas quais viviam 31 famílias com 114 pessoas.

O distrito do norte chamado Zinsershütten provavelmente se originou por volta de 1730 ou mesmo por volta de 1725, já que um portador do nome Zinser é dado como padrinho “ vindo da floresta Züscher ”. O nome está associado aos provavelmente primeiros habitantes Johann Peter Zinser e às famílias de seus dois filhos Johann Nikolaus e Johann Jakob (a família Zinser veio de Rhaunen). Eles trabalharam como picadores de madeira e queimadores de carvão a serviço da fábrica no vale. Em 1758 existiam 10 quartéis na área residencial, onde viviam 21 famílias com 6 alemães e 15 com nomes franceses. Em 1781 viviam ali 103 pessoas e, em 1787, havia 74 pessoas em 20 casas em 22 famílias.

A última fundação diz respeito à parte central do lugar chamada Neuhütten . Por volta de 1758, a área entre Schmelz e Zinsershütten já havia sido desmatada. Um caminho estreito conectava os dois locais de residência. A oeste de Muhl ficava o assentamento chamado Schneidershütten , em homenagem ao alfaiate coxo Peter Arend, que viveu lá por volta de 1718/20 . Em 1744, havia 9 quartéis no local. Já em 1756 houve uma disputa entre o proprietário de Züsch e o escritório de Birkenfeld sobre a área disputada de Schneidershütten. Depois de muitas negociações, chegou ao ponto que o assentamento teve de ser evacuado. Aconteceu então que no verão de 1759 as 22 famílias tiveram que deixar o local de residência anterior.  17 das famílias mudaram-se para lá, as outras para outras aldeias. Este novo lugar foi chamado de “Maltets-Barracks ” em homenagem ao residente Gil Malts; ao mesmo tempo, surgiu o nome “novas cabanas“. Ainda hoje o distrito é chamado de “o Placke ” no uso dos habitantes . Em 1781, havia 96 habitantes; 1787 49 pessoas em 18 casas.

Durante a ocupação francesa por volta de 1800, todas as três partes independentes foram combinadas em um município com o nome de Neuhütten . Sobrenomes que parecem franceses ainda estão representados hoje, como Bouillon, Detemple, Düpre, Kolling, Lorang, Mathieu, Petto, Serwene, Sossong.

História do distrito de Muhl

O distrito de Muhl ao norte foi incorporado a Neuhütten em 7 de novembro de 1970. Desde a sua criação por volta de 1725/30, a aldeia pertenceu ao distrito de Birkenfeld de Hintersponheim, veio para Baden em 1776 e foi fundida com Börfink para formar um município no distrito de Trier em 1816. De acordo com a lei de simplificação administrativa de 12 de novembro de 1968, Muhl e Börfink vieram para o distrito de Birkenfeld em 7 de junho de 1969, Muhl se separou de Börfink em 1970 e foram para o distrito de Trier.

Muhl vista de cima
Muhl vista de cima

Não há clareza total sobre a origem e interpretação do nome do lugar; em 4 de novembro de 1736 aparece um padrinho “do moinho”. Esta é a primeira menção do nome Muhl. Depois disso, o nome do lugar fica sempre assim. O nome vem de “Mulde”? Os moradores viviam principalmente cortando lenha e queimando carvão. Muhl era um estabelecimento exclusivamente de trabalhadores florestais em conexão com a siderúrgica de Züsch. Provavelmente, a primeira família residente foi a de Dominik Düpre, o ancestral de todos na área chamada Düpre. Em 1744, havia apenas 5 casas em Muhl.

Ainda hoje esta área também é conhecida por suas florestas e é um destino popular para caminhadas e atividades ao ar livre. A economia local tem sido historicamente baseada em madeira e agricultura.

Fonte: Neuhütten und Muhl – Nationalpark

Flonheim, a origem dos Fischer na Alemanha

Imagem ilustrativa da cidade de Flonheim na Alemanha no século 19

Martin Fischer, patriarca da Família Fischer, é originário de  Flonheim, Alzey-Worms, no estado da Renânia-Palatinado, na Alemanha. 

Flonheim é uma cidade mercantil, abaixo de uma área de proteção paisagística charmosa. A riqueza de Flonheim mostrada em edifícios deve-se essencialmente à indústria de pedreiras outrora florescente, que após a Segunda Guerra Mundial, deu lugar à produção de pedra artificial.

Praça do mercado e igreja protestante em Flonheim
Praça do mercado e igreja protestante em Flonheim

História

Tempo romano
Pedreiras romanas de Flonheim forneceram o arenito de quartzo para as esculturas agora mantidas no Museu Alzeyer (incluindo o Viergötterstein). Existem ricos achados de túmulos do período da Francônia, por exemplo, um túmulo principesco (século 7) com extenso e valioso armamento, incluindo uma longa espada com cabo revestido de ouro. Em 767, o lugar é mencionado como “Flonenheim”, mais tarde entre outras coisas como “Flanheim” (= residência do Flano). Desde o início do período merovíngio, Flonheim foi a sede da nobreza. 

O arenito foi extraído na parte sul do distrito de Flonheim já nos tempos romanos. Isso pode ser visto pelo fato de que, por exemplo, muitos monumentos de pedra romanos de Alzey foram feitos com arenito Flonheim. Devido à boa localização de Flonheim na estrada romana Worms-Alzey-Bingen, as pedras extraídas puderam ser removidas rapidamente. Não foi esclarecido de forma conclusiva se, além da pedreira romana, havia também um assentamento romano na área atual da aldeia. Até agora, apenas um túmulo foi encontrado na antiga “Heidenplatz”, o que pelo menos indica a existência de mansões.

A família Emichonen (posteriormente “Condes de Flonheim”) governou (“Amt Flonheim”, incluindo Uffhofen, Bornheim, Lonsheim) desde 960. Por volta de 1133, o conde selvagem Emich II fundou o Mosteiro dos Cânones Agostinianos de Santa Maria (onde – lembre-se também dos nomes “Klostergasse” e “Klostereck”). Por volta de 1300, o local foi cercado por uma muralha defensiva, que também é indicada pela planta da cidade com o anel viário. O domínio subseqüente dos Condes de Reno durou até 1792. 

Desde 1744, o endividado e despótico Magnus Rheingraf zu Rheingrafenstein era o senhor de parte do lugar. Distrito de Uffhofen: o nome veio de uma fazenda abaixo da vila de Flonheim (no sentido de “uff” = abaixo ou “uf Hofen” = ir em direção à fazenda). 

Idade Média
O nome que termina em “-heim” e alguns túmulos encontrados na área da aldeia indicam que a aldeia foi fundada pela Francônia há cerca de 500 anos. Foi mencionado pela primeira vez em 765/67 no Lorsch Codex como “Flan (n) nenheim” (lar do Flano).

No início da Idade Média, a aldeia pertencia aos Wildgrafen como Bornheim e Uffhofen. Em 1098 e 1139, eles são passados ​​como “comes de Vlanheim”. Em 1283, Wildgrave Gottfried von Dhaun era o senhor local. Depois que essa linha foi extinta em 1350, a comunidade veio para a linha de Kyrburg. Em 1368, Wildgrave Friedrich von Kyrburg prometeu sua parte nas áreas administrativas de Bornheim, Flonheim e Uffhofen por um curto período de tempo ao Conde Palatine Ruprecht I. Mais tarde, Flomborn, Bornheim e Uffhofen caíram para os herdeiros de Kyrburg, os  príncipes von Salm e os Condes de Reno von Grumbach. A partir de 1506, a cidade mercantil era a agência dos correios de Thurn and Taxis Post Office. O escritório de Flonheim, que esteve nas mãos do Conde do Reno desde cerca de 1409, com as suas localizações administrativas Bornheim, Flonheim e Uffhofen, durou até a ocupação francesa no final do século XVIII. Em 1744 os direitos foram definidos contratualmente através do escritório. Três quartos foram para os condes selvagens e do Reno de Dhaun, um oitavo para o príncipe Salm-Salm e outro oitavo para o  príncipe Salm-Kyrburg.

Um mosteiro de coro agostiniano , fundado pelo conde selvagem Emicho II como governante local  em 1131, que foi confirmado papalmente em 1162, foi dissolvido em 1554 durante a Reforma .

Em 1724-28 a igreja simultânea foi substituída por um novo edifício, que por sua vez foi substituído em 1881-1885 pela igreja protestante, que ainda existe hoje. Uma igreja católica foi construída anteriormente em 1877/78.

Uma população judia em Flonheim no início do período moderno pode ser comprovada pela sinagoga construída em 1786, que foi demolida em 1979. O cemitério judeu da cidade, ocupado até cerca de 1830, provavelmente também data do século XVIII. Sua localização é excepcional para um cemitério judeu, pois estava dentro das muralhas da cidade. 

Tempos modernos
No século 19, a demografia da vila cresceu continuamente. Em 1815 havia 1242 habitantes, em 1830, 1550 e 1900, 1818. Em 2011 o local contava com 2.636 habitantes.

A mineração e o processamento de arenito foram industrializados no século 19 e cresceram para se tornar o fator econômico central em Flonheim. Em 1808 trabalhavam nas pedreiras 460 pessoas, depois de meados do século eram mais de 1000 e também havia 30 pedreiros na aldeia. A construção do ramal Armsheim-Flonheim em 1871 tornou mais fácil o transporte desses bens econômicos. Como a estação ferroviária ficava perto das pedreiras isto facilitava, agora está um pouco longe do centro da cidade. 

Após o fim da Primeira Guerra Mundial, este ramo da indústria começou a declinar e a viticultura tornou-se o fator econômico mais importante. Em 1892, a construção da adega da vinícola Werner foi concluída e em 1888 a fábrica de vinagre Köhler foi fundada.

Pontos importantes
Numerosas belas casas barrocas com portais de arenito e interessantes entalhes em pedra (único em Rheinhessen, devido à indústria anterior de arenito), principalmente em restaurantes anteriores (Flonheim era a estação de retorno do Leinereiter), especialmente em Langgasse (a casa mais antiga de 1568) e Alzeyer Straße.

Câmara municipal (séc. XVII), hall no rés-do-chão com portais e núcleos de venda, torre de escadas. Impressionante praça do mercado com uma igreja de duas torres que é extraordinariamente poderosa para tal lugar, visível de longe (“Catedral do Vale de Wiesbach”). Mãe de Deus na versão antiga, por volta de 1750 no altar lateral neo-gótico da Católica.

Brasão do Conde do Reno na empena renascentista do prédio da escola, Bahnhofstrasse. Casas de vinhedos em forma de granada (edifícios em cúpula) feitas de arenito Flonheim de cor clara (“casas brancas”, também chamadas de “trulli”, dois aindares disponíveis), cuja construção é atribuída a construtores Lombard (Bergamo?), com aproximadamente 800 anos; estruturas peculiares particularmente características desta região, supostamente ainda ocorrendo como edifícios residenciais no sul da Itália.

Prensa de pedra (arenito) de 1870 em frente à cabana “Schauinsland”. Trilha educacional da natureza e do vinho. Pedreiras de arenito. No bairro de Uffhofen: moinho fantasma romanticamente situado na estrada para Wendelsheim. Aulheimer Grund (nome devido ao povoado submerso) com uma flora particularmente interessante. Pedreiras e poços de areia. No Museu Municipal de Worms: Achados do já mencionado “Túmulo do Príncipe”.

Arredores
Para a área de proteção paisagística “Alzeyer Berg” com cabana “Schauinsland” e “Donnersbergblick”, na área da antiga pedreira, sob proteção da natureza desde 1962, rodeada de vinhedos (trilhas educacionais da natureza e do vinho) – para Oswaldhöhe (Bornheim) e na torre de observação perto de Lonsheim – para Aulheimer Grund (acima de Geistermühle, caminho de campo ramificando-se para a esquerda): ambiente extremamente seco e quente, solo rochoso, rochas ígneas basálticas, “clima de microestepe”, Rabenkanzel como um local para plantas raras de urze, estepe de grama; entre Bornheim e Heimersheim correndo vale seco.

Trullo, uma construção típica de Flonheim
Trullo, uma construção típica de Flonheim

Flonheim é uma pequena cidade localizada na Renânia-Palatinado, Alemanha, conhecida principalmente por sua vinicultura. A história de Flonheim é rica e remonta a tempos antigos, com evidências de ocupação humana que datam de períodos pré-históricos.

Flonheim foi mencionada pela primeira vez em documentos históricos por volta do ano 766. A região já era habitada por celtas e depois por tribos germânicas antes da chegada dos romanos. Durante o período romano, a área era parte da fronteira do Império Romano, conhecida como Limes Germanicus. A presença de túmulos romanos e outros artefatos arqueológicos sugere uma ocupação significativa durante esse período.

No período medieval, Flonheim estava sob a influência de vários senhorios, incluindo o Eleitorado de Mainz, que era um dos mais poderosos estados eclesiásticos do Sacro Império Romano. A igreja local, a Igreja de São Remígio, é um exemplo do legado arquitetônico deixado por essa época, com partes da construção datando do século 12.

Durante a era moderna, Flonheim desenvolveu-se consideravelmente, especialmente no que diz respeito à produção de vinho. A viticultura tem sido a espinha dorsal da economia local por séculos, com a região sendo parte do famoso vinho alemão de Rheinhessen. A paisagem ao redor de Flonheim é pontilhada com vinhedos, e a cidade é conhecida por seus vinhos brancos, particularmente Riesling, Silvaner e Müller-Thurgau.

Fontes:
Regional Geschichte
Museu Flonheim

Martin Fischer quase emigrou para os EUA e não para o Brasil

Patriarca da família Fischer no Brasil, Martin Fischer tentou emigrar para os EUA, cerca de 10 anos antes de sua vinda para o Brasil. É o que consta em uma recente descoberta feita por Heitor Fischer, durante suas pesquisas.

Em contato com o Arquivo do Estado da Renânia Palatinado, obtivemos uma resposta interessante sobre Martin Fischer. Consta nos arquivos de emigração de Flonheim, no inventário H 51 do Distrito de Alzey, que o entalhador Martin Fischer, de Flonheim, de 33 anos de idade, em 30 de março de 1837, fez um pedido para que sua família emigrasse para a América do Norte.

As seguintes pessoas são especificadas como membros da família:

Catharina Elisabetha, nascida Stumpf, sua esposa, com 43 anos de idade
Anton, filho, 14 anos de idade
Johann Jacob, filho, 12 anos de idade
Johann Martin, filho, 08 anos de idade
Friedrich, filho, 05 anos de idade
Heinrich, filho, 03 anos de idade

O conselho distrital do Distrito de Alzey não levantou objeção ao pedido, no entanto, não está claro nos documentos se Martin Fischer e sua família realmente emigraram para a América do Norte em 1837. Não encontramos documentos que comprovem a saída da Alemanha, tão pouco que mostre a entrada nos EUA. Ao que tudo indica eles desistiram da viagem ou tiveram algum problema que impediu a emigração.

Documento do Arquivo do Estado de Hessen com a autorização de emigração de Martin Fischer e família em 1837
Documento do Arquivo do Estado de Hessen com a autorização de emigração de Martin Fischer e família, para os EUA, em 1837

Transcrição e tradução: Registro – por Martin Fischer, pedreiro em Flonheim, onde mora com sua família, quer emigrar para a América do Norte. Apareceu perante mim Martin Fischer, pedreiro, explicando que ele junto com sua família deseja para a América do Norte emigrar e se submeter aos regulamentos e leis. Para que nenhum obstáculo tenha aos seus projetos, sua família é constituída pelas seguintes pessoas: 1. Martin Fischer, entalhador, 33 anos. 2. a esposa, Katharina Elisabetha, nascida Stumpf, 43 ano de idade. 3. Anton, 14 anos de idade. 4. Johann Jacob, 12 anos.5. Johann Martin, 8 anos. 6. Friederich, 5 anos de idade. 7. Heinrich 3 anos. Depois de ler sua declaração ao declarante, ele assinou comigo.

Em 1837 ainda não havia nascido dois filhos mais novos de Martin Fischer e Katharina Stumpf. Por isso Catharina Fischer e Philipp Fischer não constam na lista citada acima. Ela nasceu em 1837 e pode inclusive ter sido o motivo dos pais não terem emigrado para os EUA, temendo o risco de viajarem com Catharina Stumpf gestante. Já Philipp nasceu em 1843, quando Catharina Stumpf estava com 49 anos, um fato também incomum pela idade avançada.

Não foram encontrado registros oficiais da vinda da família para o Brasil, mas fato é que Martin Fischer teria sido recrutado pela Vergueiro e Cia em 1846, como consta no livro de abertura da colônia Ibicaba e teria chegado com a família em 1847.

*Colaborou com informações Heitor Fischer

Árvore Genealógica da Família Fischer

Árvore Genealógica

FISCHER, Martin

Martin Fischer
Martin Fischer (acervo Washington Marcondes Ferreira)

I – Martin Fischer,  nascido em 1804, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecido por volta de 1870, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado por volta de 1820, com Katharina Elizabeth Stumpf, nascida em 1794, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha, falecida por volta de 1874, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. 

Uma curiosidade sobre Martin Fischer e sua família é que antes de emigrarem da Alemanha para o Brasil, eles tentaram emigrar para os EUA, em 1837, mas por algum motivo ainda desconhecido, eles não se mudaram para a América do Norte e 10 anos depois, em 1847 desembarcaram no Brasil. Este casal e sete filhos emigraram da Alemanha para o Brasil, como contratados pela Vergueiro e Cia, para trabalharem como colonos, em regime de parceria, na Fazenda Ibicaba, em Limeira, São Paulo. O nome de Martin Fischer consta na lista de abertura da Colônia Vergueiro, em 01 de agosto de 1846. Alguns registros em livros sobre a imigração e Ibicaba contam que Martin Fischer teria sido um dos colonos que escreveu uma carta para a Alemanha, em 1848, relatando como era a vida em Ibicaba e manifestando contentamento com o regime de parceria. Martin Fischer é citado na lista enviada pelo Senador Vergueiro, que consta no livro Revolta dos Parceiros de Ibicaba (pág. 62) como um dos colonos que em 1857 já havia deixado a colônia Ibicaba com dinheiro e tinha propriedade.

Lista original dos imigrantes no livro de abertura da Colônia Vergueiro
Lista original dos imigrantes no livro de abertura da Colônia Vergueiro em 1846

F1 – Anton Fischer (Antônio Fischer), nascido em 27 de abril de 1823, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecido em 23 de agosto de 1884, em Rio Claro, São Paulo, Brasil. Casado primeiro com Elizabeth Barth (Izabel Barth). Depois casado em 08 de outubro de 1874, em Rio Claro, São Paulo, Brasil, com Paulina Grahnert, nascida em 11 de janeiro de 1846, na Turíngia, Alemanha. Falecida em 15 de novembro de 1875, em Rio Claro, São Paulo, Brasil.

Anton Fischer foi diretor da Fazenda Ibicaba entre meados de 1850 até 1867. O nome dele é citado em livros que tratam sobre o trabalho dos colonos na fazenda, como o clássico Ibicaba, uma experiência pioneira, de autoria do historiador José Sebastião Witter. O nome de Anton ou Antônio Fischer também aparece no Livro Mestre da Colônia Vergueiro, como assinatura nos documentos de contabilidade dos colonos. Alguns registros contam que o diretor da fazenda Ibicaba, de sobrenome Fischer, era uma figura pouco apreciada pelos colonos e motivo de reclamações. Como diz esse trecho de uma dissertação de Mestrado em Economia, da Unicamp, de autoria de Fábio Alexandre dos Santos: “No que tange ao modo como se davam as relações produtivas, ao elencar as reclamações dos trabalhadores da Fazenda Ibicaba, por volta de 1860, Tschudi enfatiza que as reclamações pesavam primordialmente sobre José Vergueiro, filho do senador Vergueiro, o intermediário na comunicação com os alemães já que havia estudado na Alemanha e sabia o idioma e, ao diretor da fazenda, contraditoriamente, Fischer, um alemão ‘sem cultura nem educação’ que abusava da autoridade com um excessivo grau de brutalidade para com seus conterrâneos europeus”. Outros registros mostram que, após o período na fazenda Ibicaba, Antônio Fischer teria se estabelecido em Piracicaba, São Paulo, onde teria uma marcenaria. Tal empreendimento aparece em citações de obras como Piracicaba no Século XIX e Colonos na Fazenda Ibicaba, empresários em Piracicaba. Após o período na fazenda Ibicaba e a possível passagem por Piracicaba, Antônio Fischer, possivelmente viúvo (não conseguimos precisar ainda a data da morte de Elizabeth Barth. Anton Fischer e Elizabeth Barth teriam se conhecido na fazenda Ibicaba, onde suas famílias eram colonos. Ela pode ser filha de Ludwig Barth, um dos colonos citados na lista de abertura da Colônia Ibicaba em 1846.  O casamento teria ocorrido antes de 1850, não foi possível precisar a data e local.), se mudou para Rio Claro, ali ele morou na Rua Alegre, nº 05, atual Avenida Cinco e passou a trabalhar como negociante. Ele estreitou laços com a comunidade evangélica local, prova disso é que o nome dele consta como padrinho de casamento e de batismo em alguns registros luteranos. Em Rio Claro ele também se casou com Paulina Grahnert, com quem não teve filhos.

Contabilidade do colono Jacob Blumer na fazenda Ibicaba
Relatório de contabilidade do colono Jacob Blumer na fazenda Ibicaba

N1 – Martinho Fischer, nascido em 05 de setembro de 1850, em Constituição, atual Piracicaba, São Paulo, Brasil. Falecido em 05 de agosto de 1913, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 27 de outubro de 1868, em Limeira, São Paulo, com Maria Dupre, nascida em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha. Falecida em 01 de setembro de 1942, em Limeira, São Paulo, Brasil.

Retrato Martinho Fischer
Retrato de Martinho Fischer

Em 03 de junho de 1862 a família Dupre, oriunda de Muhl, Neuhütten, distrito de Trier-Saarburg, na Renânia-Palatinado, na Alemanha, embarcou no porto da Antuérpia, Bélgica, rumo ao Brasil. A bordo do navio patacho dinamarquês Challenger, dirigido pelo capitão Lubbe, Johann Michael Dupre, sua esposa Katharina Rosar e seus 6 filhos: Peter, Johann, Catharina, Maximilian, Georg e Maria, viajaram pelo Oceano Atlântico juntos com outros imigrantes contratados pela Vergueiro e Cia. Após 53 dias de viagem, eles desembarcaram no Porto de Santos, em 26 de julho de 1862 e, de lá, seguiram rumo a fazenda Ibicaba em Limeira, São Paulo, onde se estabeleceram como colonos e trabalharam no regime de parceria. Uma outra filha do casal não migrou com os pais, Helene Dupre ficou na Alemanha. Com 22 anos na época, ela possivelmente já era noiva de Johann Peter Rosar, com quem se casou em 1863.

B1 – Izabel Fischer, nascida em 1869, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada em 23 de junho de 1887, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Manoel Jorge de Oliveira, nascido em Tocha do Conselho, Coimbra, Portugal.

B2 – Catharina Fischer, nascida em 31 de março de 1870, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada em 25 de setembro de 1888, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Jacob Levy, nascido em 11 de novembro de 1867, em Limeira, São Paulo, Brasil.

Jacob Levy era filho de Sadox / Zadok Levy e Catharina Dupre, irmã de Maria Dupre. Portanto, ele era primo de sua esposa Catharina Fischer. Seu pai, Sadox / Zadok, migrou da Alemanha para o Brasil junto com seu pai Jacob Levy e os irmãos: Angela, Moses, Isaak e Salomon. Eles chegaram em 3 de agosto de 1857, na terceira leva de imigrantes alemães, contratados pela Vergueiro e Cia, para trabalharem como colonos, na fazenda Ibicaba. Ao chegarem no Brasil, eles, que eram judeus, foram rebatizados na religião católica e receberam outros nomes: Sadox / Zadok passou a se chamar Mathias, Angela se tornou Maria, Moses passou a se chamar José, Isaak se tornou Simão e Salomon se chamou Antônio.

Ti1 – Maria Fischer Levy, nascida em 26 de setembro de 1889, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Casada com Adalberto Braga.

Te1 – Adalberto Braga Filho, nascido em 1915, falecido em 2007.

Ti2 – José Fischer Levy, nascido em 28 de novembro de 1890, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Falecido em 14 de abril de 1975, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Casado em 29 de julho de 1911 com Magdalena Sposito, nascida em 15 de junho de 1892.

Te1 – Moacyr Fischer Levy, nascido em 30 de junho de 1923, falecido em 14 de junho de 2013.

Te2 – Martinho Fischer Levy

Te3 – Jaime Fischer Levy

Te4 – Paulo Fischer Levy

Te5 – Laura Fischer Levy

Ti3 – Lydia Fischer Levy, nascida em 23 de junho de 1898, em Pirassununga, São Paulo, Brasil. Falecida em 19 de julho de 1976, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada com Evaristo Olivatto Filho

Te1 – Martinho Levy Olivatto

B3 – João Fischer Sobrinho, nascido em 26 de janeiro de 1873, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecido em 14 de março de 1918, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 4 de julho de 1896, em Limeira, São Paulo Brasil, com Delphina Maria de Oliveira, nascida em 1878, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 11 de novembro de 1905 com Geraldina Franco de Moraes, nascida em 1885.

Ti1 – Manoel Fischer, nascido em 20 de abril de 1908, em Limeira, São Paulo, Brasil.

Ti2 – Maria Fischer, nascida em 08 de abril de 1913, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 11 de setembro de 1997, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada com José Bueno Vasconcelos, nascido em 18 de agosto de 1906. Falecido em 29 de dezembro de 1973, em Limeira, São Paulo, Brasil.

Ti3 – João Fischer Filho, nascido em junho de 1915. Falecido ainda criança em 10 de dezembro de 1916, em Limeira São Paulo, Brasil.

B4 – Henrique Fischer, nascido em 12 de maio de 1874, em Constituição, atual Piracicaba, São Paulo, Brasil. Falecido em 18 de março de 1939, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 24 de dezembro de 1896, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Zulmira Evangelista, nascida em 20 de outubro de 1881, em Limeira São Paulo, Brasil. Falecida em 14 de setembro de 1906, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casado em 30 de novembro de 1912, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Odila Evangelista, nascida em 1891, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida por volta de 1820, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado por volta de 1824, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Faustina Maria de Jesus, nascida em 28 de setembro de 1904, em Campo Místico, atual Bueno Brandão, Minas Gerais, Brasil. Falecida em 15 de agosto de 1999, em Campinas, São Paulo, Brasil.

Retrato Henrique Fischer
Retrato de Henrique Fischer

Em Lindóia, São Paulo, Henrique Fischer era uma figura conhecida dos moradores da pequena cidade do interior. Ele trabalhava em uma usina hidrelétrica, chamada Usina das Cotas, que gerava energia para o município. Apesar de não ser natural da Alemanha, mas ser descendente, ele era conhecido como Alemão pelos moradores. No fim da vida, talvez já sofrendo de alguma demência, ele era frequentemente visto andando pelas ruas da cidade e falando sozinho. Odila Evangelista curiosamente era sobrinha de Zulmira Evangelista, a primeira esposa, falecida, de Henrique Fischer. Logo após o matrimônio, Henrique e Odila mudaram-se com os filhos de Henrique e Zulmira para Lindóia, São Paulo, onde nasceram os filhos do casal. Após a morte de Henrique, Faustina de Jesus, chamada de “Noinha”, mudou-se para a cidade de Serra Negra, São Paulo. Ela contava que havia colocado os filhos dentro de jacás, presos no lombo de um burro, e pegaram estrada. Em Serra Negra ela se casou novamente, com um viúvo com filhos. Mas deste casamento não houve filhos. Mais tarde ela mudou-se com os filhos para Campinas, São Paulo, Brasil.

Ti1 – Dorvalina Fischer, nascida em 30 de setembro de 1898, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 1931, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 30 de setembro de 1916, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho, nascido por volta de 1886, em Serra Negra, São Paulo, Brasil. Falecido por volta de 1963, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Filho de José de Souza de Godoy e Anna Francisa da Costa, Joaquim era de uma família tradicional da região, considerados alguns dos fundadores de Lindóia. Diz a história da cidade, que alguns imigrantes portugueses e espanhóis, oriundos de Atibaia – Bairro da Guardinha, se desentenderam com o Governador da Capitania de São Paulo, e fugiram, se fixando às margens do Cezar. Segundo a história contada pelos antigos, estas famílias eram: Franco, Godoy, Alves, Souza, Almeida e Domingues. Dos documentos antigos constam que Manoel Alves de Almeida, criou um índio batizado pelo nome de Salvador Domingues de Almeida, fundando-se latifúndios às margens esquerda do Rio do Cezar, depois chamado Rio do Peixe, por ser muito piscoso. Construiu aí algumas residências e plantou suas lavouras. Consta ainda que Salvador Domingues de Almeida casou-se com Candida (triavós de Joaquim de Souza de Godoy Sobrinho) e desse casamento teve muitos filhos, sendo que uma filha por nome de Anaesméria, casou-se com Joaquim Franco de Godoy (bisavós de Joaquim de Souza Sobrinho), doador das terras para construção da Igreja de Nossa Senhora das Brotas, que recebeu está homenagem, por ser esta região riquíssima em quantidades de brotas de água. Joaquim já tinha uma filha de outro relacionamento quando casou-se com Dorvalina, ela se chamava Jandira de Souza.

Te1 – Benedicto de Souza, nascido em 30 de setembro de 1918, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado com Anna Grava.

P1 – Sônia Maria Grava de Souza, nascida em 1947, em São Paulo, Capital, Brasil. Casada com Nestor Santa Cruz Mendoza.

H1 – Alexandre Ricardo Souza Santa Cruz

H2 – Paulo Daniel Sousa Santa Cruz

P2 – Conrado Grava de Souza, casado com Hatsune Yamada.

H1 – Carolina Yumi de Souza

H2 – Debora Naomi de Souza

P3 – Joaquim Paulo Grava de Souza, nascido em 24 de agosto de 1951, em São Paulo, Capital, Brasil. Casado com Sandra de Fátima Furlan da Silva.

H1 – Ivan Furlan Grava de Souza

H2 – Flavio Furlan Grava de Souza

H3 – Marina Furlan Grava de Souza

Te2 – Sebastiana Aparecida de Souza, nascida em 03 de março de 1921, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 31 de março de 2007, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Te3 – Antonieta de Souza, nascida em 16 dezembro de 1923, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 13 de maio de 2015, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Joaquim Pereira de Carvalho.

Te4 – Joaquim de Souza Fischer, nascido em 18 de agosto de 1928, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 23 de dezembro de 1950, em Lindóia São Paulo, Brasil, com Ana Carolina de Moraes, nascida em 17 de abril de 1931, em Itapira, São Paulo, Brasil. Falecida em 18 de março de 2012, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Ana Carolina de Moraes era filha de Raymundo Francisco de Moraes e Carolina de Jesus. Seus avós paternos foram Francisco José de Moraes e Delphina Alexandrina da Conceição. Seus avós maternos foram Celestrino de Souza e Sebastiana de Jesus. Alguns de seus bisavós eram José Antonio de Moraes e Maria Gertrudes Bueno, Felizardo Francisco de Oliveira e Alexandrina Maria da Conceição.

P1 – Maria Neide de Souza Fischer, nascida em 15 de agosto de 1952, em Lindóia, São Paulo Brasil.

H1 – Bruno Fischer Tardeli

H2 – Bruna Fischer Tardeli

P2 – Antônio Marcos de Souza Fischer, nascido em 05 de janeiro de 1954, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 1973 com Rosa da Silva, falecida em 17 de março de 1980. Casado em 1982 com Neusa de Lima, nascida em 20 de agosto de 1955, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.

Marcos Fischer em 1961
Marcos Fischer em 1961

Antonio Marcos, mais conhecido como Marcos Fischer ficou viúvo do primeiro casamento aos 26 anos. Com sua primeira esposa, Rosa, ele morava em Mogi Guaçu, São Paulo, Brasil, onde tinha uma empresa de refrigeração. O casal teve dois filhos, Glaucia e Antonio Marcos de Souza Fischer Júnior. Juninho faleceu ainda bebê, em 1979, após sofrer uma queda da cama enquanto dormia. Sua mãe faleceu 11 meses depois, vítima de afogamento na praia do Guarujá.

Glaucia Fischer e Juninho, primeiros filhos de Marcos Fischer
Glaucia Fischer e Juninho, primeiros filhos de Marcos Fischer

No início dos anos 1980, Marcos se mudou para Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil, onde abriu sua loja e assistência técnica em refrigeração. Ali conheceu Neusa com quem se casou em 1982 e teve dois filhos, Neubiara e Neuber. Neusa de Lima Fischer (solteira de Lima), auxiliar de enfermagem, é filha de João Nunes de Lima e Aparecida Maria Pereira. Neta paterna de João Antonio de Lima e Maria Nunes da Costa. Neta materna de Joaquim Silvério Pereira e Maria Rita de Jesus. Seus bisavós paternos eram os casais Francisco Antonio de Faria e Barbara Maria de Jesus, Joaquim Nunes da Costa e Maria Custódia dos Santos. Seus bisavós maternos eram os casais Manoel Antonio Pereira e Ana Maria de Jesus, Ezequiel Gomes dos Santos e Rita Emerenciana de Jesus.

Neusa de Lima Fischer
Neusa de Lima Fischer
Neubiara e Neuber
Neubiara e Neuber filhos de Neusa e Marcos

Anos mais tarde, em 2020, Marcos descobriu que tem mais dois filhos, frutos de relacionamentos pontuais em 1980. Os filhos se chamam Pedro e Erick, nasceram em Mogi Guaçu, São Paulo Brasil.

Hx1 – Glaucia da Silva Fischer, nascida em 07 de outubro de 1974, em Itapira, São Paulo, Brasil. Casada em 1992, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Marcos Antonio de Godói.

Hp1 – Marcos Antonio de Godói Júnior, nascido em 29 de setembro de 1995, em Lindóia, São Paulo Brasil.

Hx2 – Antonio Marcos de Souza Fischer Júnior, nascido em 1978, em Itapira, São Paulo, Brasil. Falecido em abril de 1979, em Mogi Guaçu, São Paulo, Brasil.

Hx3 – Pedro

Hx4 – Erick

Hx5 – Neubiara de Lima Fischer, nascida em 16 de maio de 1983, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil. Casada em dezembro de 2009, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil, com Fernando Acácio Fleming, nascido em 06 de agosto de 1978, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.

Hp1 – Lorenzo Fischer Fleming, nascido em 01 de maio de 2012, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.

Hx6 – Neuber de Lima Fischer, nascido em 18 de dezembro de 1985, em Ouro Fino, Minas Gerais, Brasil.

P3 – Maria Aparecida de Souza Fischer, nascida em 04 de junho de 1955, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Izaltino Pereira de Souza, nascido em 02 de setembro de 1917, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 01 de junho de 2011, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Hx1 – Perla Veruska Fischer de Souza, nascida em 03 de abril de 1977, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada primeiro com Leonardo Cardoso Ferreira, depois com Bruno Geraldo Manucci e posteriormente com Marcos Nunciaroni.

Hp1 – Leonardo Cardoso Ferreira Júnior, nascido em outubro de 1995, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Hp2 – Eloah Fischer Manucci

Hx2 – Heliton Pereira de Souza, nascido em 04 de abril de 1979, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado com Josi.

Hp1 – Hélida

Hp2 – Maitê

P4 – Sônia Maria de Souza Fischer, nascida em 27 de janeiro de 1957, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Irineu Vasconcelos Soares.

Hx1 – Eder Fischer Soares, nascido em 23 de fevereiro de 1983, em Serra Negra, São Paulo, Brasil. Casado com Cris Lona.

Hp1 – Lorena

Hp2 – Pietro

Hx2 – Thiago Fischer Soares, nascido em 03 de dezembro de 1995, em Serra Negra, São Paulo, Brasil.

P5 – Jorge Luís de Souza Fischer, nascido em 02 de abril de 1959, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 12 de setembro de 2019, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado com Lucia Pirani, nascida em 12 de junho de 1967, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Hx1 – Mariana Pirani Fischer, nascida em 18 de dezembro de 1987, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

P6 – Paulo Roberto de Souza Fischer, nascido em 1960, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido aos 4 anos, vítima de picadura de escorpião, em 04 de novembro de 1964, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

P7 – Paulo Sérgio de Souza Fischer, nascido em 17 de outubro de 1961, em Lindóia, São Paulo, Brasil

P8 – Luís Cláudio de Souza Fischer, nascido em abril de 1963, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido com apenas 01 ano, vítima de Sarampo, em 04 de dezembro de 1963, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

P7 – Cláudia Maria de Souza Fischer, casada com Sidney Lazari.

Hx1 – Diego Fischer Lazari, nascido em 1985, em Águas de Lindóia, São Paulo, Brasil.

Hp1 – Heloísa

P8 – Silvia Helena de Souza Fischer, nascida em 31 de agosto de 1968, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Hx1 – Taynara Fischer Acorsi

P9 – Rosemeire Regina de Souza Fischer, casada com Roberto Carlos de Paiva.

Hx1 – Carolina Fischer de Paiva

Hp1 – Paulo Henrique

Hx2 – Roberta Fischer de Paiva

Hp1 – Nicollas

Hx3 – João Vítor Fischer de Paiva

P10 – Telma Maria de Souza Fischer, nascida em 21 de fevereiro de 1972, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 1986 com Jair Gomes da Silva e divorciada em 2010.

Hx1 – Matheus Fischer da Silva, nascido em 29 de dezembro de 1989, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Hx2 – Laís Fischer da Silva, nascida em 17 de fevereiro de 1999, em Lindóia, São Paulo Brasil.

Te5 – José Benedito de Souza, nascido em 10 de fevereiro de 1931, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 13 de dezembro de 2017, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Ti2 – Cyra Fischer, nascida em 14 de março de 1901, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 12 de outubro de 1942, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 29 de setembro de 1919, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Sebastião Nino de Souza Godoy, nascido em 1896.

Te1 – Silvia Benedicta de Souza, nascida em 11 de outubro de 1933, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida ainda criança em 1934.

Ti3 – Armando Fischer, nascido em 23 de agosto de 1903, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 05 de outubro de 1951, em Lindóia São Paulo, Brasil. Casado em 26 de outubro de 1929, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Maria Annunciata de Godoy, nascida em 15 de novembro de 1911, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Te1 – Dinorah de Godoy Fischer, nascida em 28 de dezembro de 1930, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Pedro Lopes.

P1 – Cleide Fischer Lopes

P2 – Claudio Fischer Lopes

P3 – Jorge Fischer Lopes

P4 – Julio Fischer Lopes

Te2 – Zulmira de Godoy Fischer, nascida em 13 de março de 1934, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 10 de dezembro de 2009, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 20 de maio de 1954, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com José Ferri, nascido em 30 de novembro de 1928, em Socorro, São Paulo, Brasil. Falecido em 29 de março de 2017, em Águas de Lindóia, São Paulo, Brasil.

P1 – Armando Fischer Ferri

P2 – Paulo Fischer Ferri

P3 – José Carlos Fischer Ferri

P4 – Orlei Fischer Ferri

Te3 – Antônia de Godoy Fischer, nascida em 02 de fevereiro de 1940, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 08 de maio de 2014. Casada com Benedito Pelatieri.

P1 – Célia Fischer Pelatieri

Te4 – Irene de Godoy Fischer, nascida em 07 de dezembro de 1942, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Geraldo Barros Leal.

P1 – Juliana Fischer Barros

P2 – Luciana Fischer Barros

P3 – Adriana Fischer Barros

P4 – Maria Fischer Barros

Ti4 – Augusto Aparecido Fischer, nascido em 07 de maio de 1906, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecido em 28 de maio de 1935, em Limeira São Paulo, Brasil.

Ti5 – Mario Aparecido Fischer, nascido em 21 de novembro de 1913, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 13 de junho de 1959, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 22 de julho de 1944, em Lindóia, São Paulo, Brasil, com Alvalina de Souza, nascida em 06 de setembro de 1920, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 24 de setembro de 2010, em Águas de Lindóia, São Paulo, Brasil.

Te1 – Sônia Aparecida Fischer, nascida em 15 de maio de 1952, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com José Mario Dizer Renzo.

P1 – Michele Fischer Renzo

Ti6 – Martino Fischer, nascido em 20 de novembro de 1917, em Lindóia, São Paulo, Brasil.

Ti7 – Maria Fischer, nascida em 07 de abril de 1927, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada em 06 de abril de 1951, em Serra Negra, São Paulo, Brasil, com Bellino Felice Baccin, nascido em 25 de agosto de 1927, em Serra Negra, São Paulo, Brasil.

Te1 – Luiz Fernando Fischer Baccin

Te2 – José Eduardo Fischer Baccin

Te3 – Carlos Henrique Fischer Baccin

Te4 – Paulo Roberto Fischer Baccin

Te5 – Maria de Lourdes Fischer Baccin

Te6 – Abrahmo Baccin Neto

Ti8 – Apparecido Fischer, nascido em 11 de fevereiro de 1931, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casado em 30 de janeiro de 1960, em Serra Negra, São Paulo, Brasil, com Thereza Gut Zochio, nascida em 16 de setembro de 1935, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecida em 13 de maio de 2008, em Campinas, São Paulo, Brasil.

Te1 – Henrique Zochio Fischer

Te2 – Heitor Zochio Fischer

Ti9 – Antônia Fischer, nascida em 26 de junho de 1933, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Casada com Vicente Vilano.

Te1 – Marli Villano

Te2 – Ivani Villano

Te3 – Henrique Villano

Ti10 – José do Carmo Fischer, nascido em 03 de junho de 1936, em Lindóia, São Paulo, Brasil. Falecido em 17 de março de 2021, em Valinhos, São Paulo, Brasil.

B5 – José Fischer, nascido em 06 de dezembro de 1877, em Limeira, São Paulo, Brasil.

B6 – Mathias Fischer, nascido em 29 de janeiro de 1879, em Limeira, São Paulo, Brasil.

B7 – Maximiliano Fischer, nascido em 23 de fevereiro de 1881, em Limeira, São Paulo, Brasil.

N2 – Antônio Fischer, nascido em 29 de dezembro de 1852, em Piracicaba, São Paulo Brasil. Falecido em 25 de outubro de 1909, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado em 14 de outubro de 1876, em Piracicaba, São Paulo, Brasil, com Josephina Schimidt, nascida em 21 de novembro de 1851, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 11 de novembro de 1920.  

Retrato Antonio Fischer Filho
Retrato de Antonio Fischer
Descendentes de Antonio Fischer Filho
Descendentes de Antonio Fischer: 1 – Josephina Schimidt (viúva de Antonio Fischer); 2 – Antonio Fischer Filho, casado com 3 – Isabel Walder; 4 – Alberto Fischer, casado com 5 – Italina Duarte de Campos; 6 – Jacob Walder Filho (irmão de Isabel), casado com 7 – Josephina Fischer; 8 – Elisa Coelho, casada com 9 – João Antonio Fischer; 10 – Carolina Fischer, casada com 11 – João Walder Filho (Acervo Julio Marcos Walder)

N3 – Henrique Fischer Sobrinho, nascido em fevereiro de 1855, em Limeira São Paulo Brasil. Casado em 06 de abril de 1876, com Carolina Anna Knetts, nascida em 30 de abril de 1858, em Campinas, São Paulo, Brasil. Falecida em 1942.

N4 – João Fischer, nascido em 27 de junho de 1856, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado em 04 de agosto de 1877, com Caroline Sommer, nascida em 24 de maio de 1856, na Alemanha.

N5 – Sebastião Fischer, nascido em 22 de dezembro de 1859, em Limeira, São Paulo, Brasil.

N6 – Bárbara Fischer, nascida em 23 de abril de 1862, em Limeira, São Paulo, Brasil. Casada em 04 de setembro de 1880, em Piracicaba, São Paulo, Brasil, com Andre Hemblent.

F2 – Johann Jacob Fischer (João Arthur Fischer), nascido em 1825, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Casado com Elizabeth (Izabel) Rupp, nascida em 15 de abril de 1850, em Limeira, São Paulo, Brasil. Falecida em 02 de setembro de 1879, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado com Filipina Rupp, nascida em 10 de fevereiro de 1839, na Baviera, Alemanha.

F3 – Johann Martin Fischer (João Martinho Fischer), nascido em 27 de setembro de 1829, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecido em 20 de fevereiro de 1912, em Piracicaba, São Paulo, Brasil. Casado em 20 de setembro de 1851, em Limeira, São Paulo, Brasil, com Maria Magdalena Hilsdorf, nascida em 1832, na Alemanha. Falecida em 04 de fevereiro de 1913, em Piracicaba, São Paulo, Brasil.

F4 – Friederich Fischer (Frederico Fischer), nascido em 02 de novembro de 1831, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Casado com Barbara Himmelsjohn, nascida em 1833, na Alemanha. Falecida em junho de 1873, em Piracicaba, São Paulo, Brasil.

Sentados Frederico Fischer e sua mãe Catharina Stumpf. Atrás em pé a esposa Barbara Fischer e a irmã Catharina Fischer
Sentados Frederico Fischer e sua mãe Catharina Stumpf. Atrás em pé a esposa Barbara Fischer e a irmã Catharina Fischer (Acervo Washington Marcondes Ferreira)

F5 – Heinrich Fischer (Henrique Fischer), nascido em 13 de julho de 1834, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha.

F6 – Catharina Philipina Fischer, nascida em 09 de maio de 1837, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Falecida em 16 de dezembro de 1892, em Campinas, São Paulo, Brasil. Casada em 14 de maio de 1864, em Limeira, São Paulo, Brasil, com João Carlos Augusto Sarb, nascido em 30 de agosto de 1829, em Hamburgo, Alemanha. Casada com Diedrich Heinrich Wilhelm Hüsemann, nascido em 1833, em Vestfália, na Alemanha. Falecido em 23 de fevereiro de 1885, em Campinas, São Paulo, Brasil.

Retrato Catharina Fischer
Retrato de Catharina Fischer (Acervo Washington Marcondes Ferreira)

F7 – Philipp Fischer (Felipe Fischer), nascido em 1843, em Flonheim, Alzey-Worms, Renânia-Palatinado, Alemanha. Casado em 10 de maio de 1873, em Piracicaba, São Paulo, Brasil, com Catharina Strohband, nascida em 13 de setembro de 1839, em Darmstadt, Alemanha.

Henrique Fischer, três esposas e uma grande família

Henrique Fischer, quarto filho do casal Martinho Fischer e Maria Dupre, nasceu em Constituição, atual Piracicaba, São Paulo, em 12 de maio de 1874. Ele foi batizado na igreja católica, na Matriz de Santo Antônio, em Piracicaba, no dia 23 de maio de 1874. Foram padrinhos seus tios Henrique Fischer e Bárbara Fischer.

Assento de batismos de Henrique Fischer
Assento de batismos de Henrique Fischer

Transcrição: Aos vinte e três de maio de mil oitocentos de setenta e quatro, nesta matriz, batizei e pus os santos olhos em Henrique, nascido no dia dose do corrente mês, filho de Martinho Fischer e Maria Dupre. Foram padrinhos Henrique Fischer e Barbara Fischer.

Aos 22 anos, em 24 de dezembro de 1896, Henrique casou-se com sua primeira esposa, Zulmira Evangelista, ela com 15 anos, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Limeira, São Paulo. Foram testemunhas Zeferino Guimarães e Martinho Fischer.

Assento de casamento de Henrique Fischer e Zulmira Evangelista
Assento de casamento de Henrique Fischer e Zulmira Evangelista

Transcrição: Aos vinte e quatro de dezembro de 1896, na Matriz de Limeira, perante mim e das testemunhas abaixo mencionadas, depois de proclamados, receberam-se em santo matrimônio, Henrique Fischer e Zulmira Evangelista, ele em idade de vinte e dois anos, natural de Piracicaba, filho legítimo de Martinho Fischer e Maria Dupre; e ela em idade de quinze anos, filha legítima de João Evangelista, falecido, e de Maria Rosa Evangelista, natural de Limeira. Foram testemunhas Zeferina Guimarães e Martinho Fischer.

Filha de João Evangelista e Maria Rosa Evangelista, Zulmira nasceu em Limeira, São Paulo, em 20 de outubro de 1881. Ela faleceu jovem, vítima da tuberculose, em 14 de setembro de 1906, aos 24 anos, em Limeira, São Paulo, onde foi sepultada no cemitério municipal.

Registro de óbito de Zulmira Evangelista
Registro de óbito de Zulmira Evangelista

Henrique e Zulmira tiveram 4 filhos, são eles:

Dorvalina Fischer (1898-1932)

Cyra Fischer (1901-1942)

Armando Fischer (1903-1951)

Augusto Aparecido Fischer (1906-1935)

Os filhos de Henrique e Zulmira lhes deram 10 netos e dezenas de bisnetos, trinetos, tetranetos e pentanetos que povoaram a região de Lindóia, São Paulo e se espalharam pelo Brasil.

Seis anos após a morte da primeira esposa, o viúvo Henrique Fischer, agora com 37 anos, casou-se novamente, em 30 de novembro de 1912. Desta vez com Odila Evangelista, de 21 anos, curiosamente sobrinha de Zulmira Evangelista, a primeira esposa falecida. Foram testemunhas Antonio Oliveira e José Piessotti.

Assento de casamento de Henrique Fischer e Odila Evangelista
Assento de casamento de Henrique Fischer e Odila Evangelista

Transcrição: Aos trinta de novembro de 1912, nesta matriz de Limeira, depois de proclamados e não havendo impedimento algum, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, receberam-se em matrimônio, Henrique Fischer e Odila Evangelista. Ele viúvo de Zulmira Evangelista, com 37 anos, natural de Piracicaba; ela solteira, natural de Limeira, com 21 anos de idade, filha legítima de João Evangelista Filho e de Albertina Evangelista, todos fregueses desta paróquia. Nada mais consta, faço o presente assento.

Filha de João Evangelista Filho e Albertina Evangelista, Odila nasceu em 1891, em Limeira, São Paulo. Cerca de um ano após o matrimônio, em 1913, Henrique e Odila mudaram-se de Limeira com os filhos de Henrique e Zulmira. O casal e as crianças teriam passado brevemente por Itapira e depois se fixaram em Lindóia, São Paulo. Segundo histórias contadas por familiares, a mudança de cidade teria sido motivada por questões de herança e desentendimento entre os herdeiros de Martinho Fischer, pai de Henrique, que faleceu em agosto de 1913.

Na nova cidade, o casal teve 2 filhos, são eles:

Mário Aparecido Fischer (1913-1959)

Martino Fischer (1917-?)

Os filhos de Henrique e Odila lhes deram uma única neta, alguns bisnetos e trinetos, descendentes de Mário Fischer.

Sobre Martino Fischer não foi encontrado registro de óbito, casamento ou nascimento de filhos, o que leva a crer que ele possa ter falecido ainda criança e não deixou descendentes.

Não encontramos ainda o registro de óbito de Odila, mas tudo leva a crer que ela faleceu após o nascimento do segundo filho, Martino, em Lindóia, São Paulo.

Com a morte de Odila, Henrique, aos 50 anos, casou-se pela terceira vez, por volta de 1924, em Lindóia, São Paulo. A nova esposa, Faustina Maria de Jesus, tinha 20 anos.

Faustina era natural de Campo Místico, atual Bueno Brandão, Minas Gerais. Filha de Joaquim Francisco de Figueiredo e Francisca Maria de Jesus, ela nasceu em 28 de setembro de 1904.

Batismo de Faustina Maria de Jesus
Batismo de Faustina Maria de Jesus

O casal teve 4 filhos, ainda vivos em 2020, são eles:

Maria Fischer (1927)

Aparecido Fischer (1931)

Antonia Fischer (1933)

José do Carmos Fischer (1936)

Uma curiosidade sobre Henrique Fischer é que, por ele ter se casado três vezes em um intervalo de quase 40 anos, os filhos de Henrique Fischer, frutos do último relacionamento, com Faustina, tinham a mesma idade ou eram até mais jovens que alguns de seus primeiros netos.

Em Lindóia, São Paulo, Henrique Fischer morava com sua família no Largo da Matriz, nº 05. Ele era uma figura conhecida dos moradores da pequena cidade do interior paulista. Eletricista, ele trabalhava em uma usina hidrelétrica, chamada Usina das Cotas, que gerava energia para o município.

Apesar de não ser natural da Alemanha, mas ser descendente, ele era conhecido como Alemão pelos moradores. No fim da vida, talvez já sofrendo de alguma demência, ele era frequentemente visto andando pelas ruas da cidade e falando sozinho.

Retrato Henrique Fischer
Retrato Henrique Fischer

Henrique Fischer faleceu em 18 de março de 1939, aos 64 anos, vítima de hemorragia cerebral, em Lindóia, São Paulo, onde foi sepultado no cemitério municipal da cidade. Sem posses, ele não deixou herança, apenas lembranças e uma grande família.

Registro de óbito de Henrique Fischer
Registro de óbito de Henrique Fischer

Após a morte de Henrique, Faustina de Jesus mudou-se para a cidade de Serra Negra, São Paulo. Ela contava que havia colocado os filhos dentro de jacás, presos no lombo de um burro, e pegaram estrada. Em Serra Negra ela se casou novamente, em 21 de junho de 1947, com o viúvo José Franco de Godoi, ele também já tinha filhos de outro relacionamento. Deste casamento entre Faustina e José não houve filhos.

Reprodução da ida de Faustina e os filhos de Lindóia para Serra Negra
Reprodução da ida de Faustina e os filhos de Lindóia para Serra Negra

Os filhos de Faustina e Henrique cresceram e estudaram. Maria e Aparecido casaram-se em Serra Negra e mais tarde se transferiram com a mãe para Campinas; José, solteiro, seguiu com eles para Campinas. Antônia foi para São Paulo, trabalhar como doméstica. Naquela cidade acabou se casando com Vicente Villano, um filho de seu empregador.

Em Campinas a “noninha”, como Faustina era carinhosamente chamada, morava com sua filha Maria. Ao falecer, em 15 de agosto de 1999, aos 95 anos, Faustina deixou os quatro filhos, 12 netos e pelo menos 19 bisnetos.

*Colaborou com informações sobre Faustina seus netos Henrique Fischer e Heitor Fischer

Martinho Fischer e Maria Dupre

Martinho Fischer e Maria Dupre, este casal deu origem a uma das linhagens da família Fischer no Brasil.

Retrato Martinho Fischer
Retrato Martinho Fischer

Filho de Anton Fischer e Elizabeth (Izabel) Barth, Martinho Fischer nasceu em 05 de setembro de 1850, na cidade de Constituição, atual Piracicaba no estado de São Paulo. Na mesma cidade ele foi batizado, na igreja católica, Matriz de Santo Antônio, no dia 05 de outubro de 1850. Foram padrinhos Martin Fischer e Catharina Stumpf, seus avós paternos.

Assento de batismos de Martinho Fischer
Assento de batismos de Martinho Fischer

Transcrição: No mesmo dia e igreja batizei e pus os santos olhos no menino Martinho, de idade de um mês, filho de Antonio Fischer e Izabel Barth. Foram padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Catharina Fischer.

Por algum motivo que desconhecemos, Martinho Fischer foi rebatizado na mesma igreja Matriz de Piracicaba, 34 anos após seu nascimento. Acreditamos que o novo assento tenha sido necessário para que Martinho pudesse ser padrinho de alguma criança ou de casamento. Naquela época e mesmo hoje, os registros de batismos católicos são obrigatórios para que alguém possa participar de um dos sacramentos da Igreja, como batizar ou ser testemunha de casamento de outra pessoa católica. Então, devido ao mau estado de conservação do primeiro assento de Martinho, ou mesmo por não terem encontrado o registro original, foi necessário refazer o sacramento com a declaração de testemunhas.

Confirmação do batismo de Martinho Fischer em 1884
Confirmação do batismo de Martinho Fischer em 1884

Transcrição: Aos dezesseis de outubro de mil oitocentos e oitenta e quatro, nesta Matriz, em virtude de autorização que me foi concedida por sua Excelência Reverendíssima, em minha presença compareceram Martinho Hilsdorf e Valentim Hebling, pessoas legítimas e por mim conhecidas, por eles me foi informado e sob suas consciências com efeito de verdade, que foi batizado nesta matriz, no ano de mil oitocentos e cinquenta, pelo já falecido vigário José Gomes, o então inocente Martinho, filho legítimo de Anton Fischer e Izabel Fischer Barth. Foram padrinho Martinho Fischer e Maria Magdalena Hilsdorf. Nada mais foi perguntado e para constar lavrei este assento com as testemunhas.

Filha caçula do casal Johann Michael Dupre e Katharina Rosar, Maria Dupre nasceu em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha. Em 03 de junho de 1862, aos 9 anos de idade, ela emigrou para o Brasil com seus pais e irmãos.

A família Dupre foi contratada pela Vergueiro e Cia, como colonos no regime de parceria. Em 26 de julho de I862 desembarcaram em Santos, São Paulo e de lá foram encaminhados para a Colônia Vergueiro, na Fazenda Ibicaba, em Limeira, São Paulo.

Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862
Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862

Transcrição: Relação dos Colonos vindos de Anvers (Antuérpia) no Patacho Dinamarquês Challenger – Capitão W. Lubbe, entrados neste Porto (Santos), em 26 de julho de 1862, contratados pela Vergueiro e Cia para a Colonia Ibicaba.

Johann Dupre, 50 anos, casado, natural de Muhl, na Prussia, lavrador
Catharina, 50 anos, esposa
Peter, filho, 27 anos, solteiro
Johann, filho, 24 anos, solteiro
Catharina, filha, 20 anos, solteira
Max, filho, 16 anos, solteiro
Johann Georg, 12 anos, solteiro
Maria, 09 anos, solteira

A família Dupre era originária de Muhl, Neuhütten, uma pequena aldeia que tem sua data de criação por volta de 1725/30. Não há clareza total sobre a origem e interpretação do nome do lugar. Localizada numa região de florestas, os moradores viviam principalmente cortando lenha e queimando carvão. Provavelmente, a primeira família residente no local foi a de Dominik Dupre, o ancestral de todos na área com sobrenome Dupre. Como o sobrenome leva a crer, Dupre tem origem na língua francesa e os ancestrais da família de Maria eram originários da Bélgica, Holanda e Luxemburgo, que posteriormente se espalharam pela região da Renânia, que foi ocupada pela França, antes de voltar ao domínio da Alemanha.

Não conseguimos precisar se Martinho e Maria se conheceram na fazenda Ibicaba ou posteriormente, quando as famílias de ambos já haviam deixado a colônia e se estabelecidos em cidades da região como Limeira, Rio Claro e Piracicaba.

Há indícios de que Maria era católica e Martinho protestante, mas a religião diferente não impediu o casamento. O enlace deste casal selou a união da família Fischer com a família Dupre e deu origem a uma das linhagens de Fischer no interior de São Paulo.

Seis anos mais tarde, em 27 de outubro de 1868, na igreja católica, Matriz de Nossa Senhora das Dores, em Limeira, São Paulo, Martinho Fischer e Maria Dupre se casaram, ele com 18 anos e ela com 17 anos.

Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre
Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre

Transcrição: Aos vinte e sete dias de outubro de mil oitocentos e sessenta de oito, nesta matriz, na cidade de Limeira, pelas nove horas da manhã, com provisão do vigário e alvará do juiz municipal, ambos datados de vinte e seis de outubro, perante mim, receberam em matrimônio, por marido e mulher, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, Martinho, filho de Antonio Fischer e Isabel Fischer, natural e batizado na cidade de Constituição e Maria, fila de João Dupre e de Catharina Dupre, natural e batizada na Alemanha, ambos fregueses desta cidade de Limeira, logo lhes dei as bençãos nupciais… e faço este assento.

O casal teve 7 filhos, são eles:

Izabel Fischer (1869-?)

Catharina Fischer (1870-?)

João Fischer Sobrinho (1873-1918)

Henrique Fischer (1874-1939)

José Fischer (1877-?)

Mathias Fischer (1879-?)

Maximiliano Fischer (1881-?)

Com seus filhos e parentes, o casal viveu na região de Limeira, São Paulo. Na mesma cidade eles também faleceram. Martinho Fischer morreu aos 63 anos, em 05 de agosto de 1913, vítima de hemorragia cerebral. Maria Dupre faleceu aos 92 anos, em 01 de setembro de 1942, em sua residência, na rua Doutor Trajano, nº 445, vítima de artérioesclerose cárdio renal. Ambos foram sepultados no cemitério municipal de Limeira.

Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de Óbito de Maria Dupre
Registro de Óbito de Maria Dupre

Dominik Dupre e a origem da família Dupre

A família Dupre que se estabeleceu no Brasil, mais especificamente na região de Limeira, Piracicaba e Rio Claro, ou suas variações de sobrenomes como: Düpre, Duppre, Dupret, Duprat, Dupler, Dipre, muito provavelmente tem origem em um único patriarca, Dominik Dupre. Ele é o possível ancestral de todos os Dupre que moravam na região de Muhl, Neuhütten, distrito de Trier-Saarburg, na Renânia-Palatinado, na Alemanha, origem de grande parte dos Dupre brasileiros.

Dominik era lenhador e foi um dos fundadores do assentamento chamado Muhl, um pequeno vilarejo, rodeado por florestas. Por isso, os moradores locais trabalhavam principalmente com madeira e na produção de carvão. Provavelmente, a primeira família residente em Muhl foi a de Dominik Dupre.

Apesar de ter nascido na região, por volta do ano 1705, em Birkenfeld, há indícios de que os ancestrais de Dominik não eram alemães, mas sim tenham origem na região da Bélgica, Luxemburgo e Holanda. A forte influência francesa nesses países e mesmo a região da Renânia, justificam a presença de muitas famílias com sobrenomes de raiz etimológica francesa, como é o caso do sobrenome Dupre.

Dominik Dupre seria filho de Gerardus Dupre, nascido por volta de 1680, na região de Remich, Grevenmacher, Luxemburgo. Sua mãe teria o nome de Anna Maria, não conseguimos precisar o sobrenome dela.

Seus avós paternos seriam Johannes Dupre (1648-1685) e Christina Drabbe (1647-?). Este casal seria natural da região da Zelândia, na Holanda. Os bisavós paternos de Dominik seriam Rameus Janssens Dupre (1621-1661) natural de Henegouwen, na Bélgica e Janeke Frans Pietersen (1621-1660) natural da Zelândia, na Holanda. Pela linha paterna, Dominik seria ainda trineto de Jean Dupre (1595-?) provavelmente natural da Bélgica.

Dominik Dupre casou-se duas vezes, primeiro, em 1724, em Hermeskeil, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha, com Maria Gertrud Hewele (1700-1733). Este casal teve 4 filhos:

Maria Magdalena Dupre (1724)

Johann Peter Dupre (1725)

Anna Catharina (1728)

Georg Dupre (1731)

Após o falecimento de sua primeira esposa, Maria Gertrud em 1733, Dominik casou-se com Anna Calacuro (1716-1757), em 1734, em Züsch, Hermeskeil, Trier Saarburg, na Alemanha. Este casal teve 7 filhos:

Johann Peter Dupre (1736)

Franz Dupre (1738)

Johannes Dupre (1739)

Nicholas Dupre (1740)

Anna Maria Dupre (1742)

Johann Conrad Dupre (1744)

Christian Dupre (1746)

Sua segunda esposa, Anna Calacuro, faleceu em 1757, aos 41 anos, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha.

Os 11 filhos de Dominik Dupre geraram dezenas de netos e centenas de bisnetos, alguns continuaram na região de Muhl, outros se mudaram para outros lugares da Alemanha e alguns migraram para o Brasil e deram origem às linhagens dos Dupre no país.

Como foi o caso dos bisnetos Johann Dupre (João Dupre) (1800-?) que veio, em agosto de 1845, com a esposa Katharina Noel e seis filhos, para Petrópolis, no Rio de Janeiro. E Johann Michael Dupre (João Miguel Dupre) (1810-?) que emigrou em julho de 1862, com a esposa Katharina Rosar e seis filhos, para Ibicaba, em Limeira, São Paulo.

Dominik Dupre faleceu aos 64 anos, em 1769, em Muhl, Neuhütten, Trier-Saarburg, Renânia-Palatinado, na Alemanha, onde foi sepultado. Mas deixou para o mundo uma dinastia completa, que leva seu nome e sua história.

De Muhl para Ibicaba a união da família Dupre com a família Fischer

Em 03 de junho de 1862 a família Dupre, oriunda de Muhl, Neuhütten, distrito de Trier-Saarburg, na Renânia-Palatinado, na Alemanha, embarcou no porto da Antuérpia, Bélgica, rumo ao Brasil. A bordo do navio patacho dinamarquês Challenger, dirigido pelo capitão Lubbe, Johann Michael Dupre, sua esposa Katharina Rosar e seus 6 filhos viajaram pelo Oceano Atlântico, juntos com outros imigrantes contratados pela Vergueiro e Cia.

Famílias Dupre e Rosar recrutadas em Muhl
Famílias Dupre e Rosar recrutadas em Muhl

Após 53 dias de viagem, eles desembarcaram no Porto de Santos, em 26 de julho de 1862 e, de lá, seguiram rumo a fazenda Ibicaba em Limeira, São Paulo, onde se estabeleceram como colonos e trabalharam no regime de parceria.

Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862
Família Dupre na lista de colonos de Ibicaba em 1862

Johann e Katharina tinham 50 anos de idade cada um e seus filhos, alguns já eram adultos, outros adolescentes e crianças. Peter Dupre, 27 anos; Johann Dupre, 24 anos; Catharina Dupre, 20 anos; Max Dupre, 16 anos; Georg Dupre, 12 anos e Maria Dupre, 9 anos. Alguns estudos apontam que Peter não era filho legítimo, mas por ter migrado junto com a família, foi considerado como filho.

Uma outra filha do casal não emigrou com os pais, Helene Dupre ficou na Alemanha. Com 22 anos na época, ela possivelmente já era noiva de Johann Peter Rosar, com quem se casou em 1863.

Família Dupre
Família Dupre

Filha caçula de Johann e Katharina, Maria Dupre nasceu em 16 de fevereiro de 1851, em Muhl, na Alemanha e se casou em 1868, em Limeira, São Paulo, com Martinho Fischer. Ele filho de Anton Fischer e Elizabeth (Izabel) Barth e neto de Martin Fischer e Catharina Stumpf, também colonos de Ibicaba. Martinho nasceu em 5 de setembro de 1850, em Piracicaba, São Paulo.

Assento de batismos de Martinho Fischer
Assento de batismos de Martinho Fischer

Transcrição: No mesmo dia e igreja batizei e pus os santos olhos no menino Martinho, de idade de um mês, filho de Antonio Fischer e Izabel Barth. Foram padrinhos Martinho Fischer e sua mulher Catharina Fischer.

Não conseguimos precisar se Martinho e Maria se conheceram na fazenda Ibicaba ou posteriormente, quando as famílias de ambos já haviam deixado a colônia e se estabelecidos em cidades da região como Limeira, Rio Claro e Piracicaba.

Há indícios de que Maria era católica e Martinho protestante, mas a religião diferente não impediu o casamento. O enlace deste casal selou a união da família Fischer com a família Dupre e deu origem a uma das linhagens de Fischer no interior de São Paulo.

Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre
Casamento de Martinho Fischer e Maria Dupre

Transcrição: Aos vinte e sete dias de outubro de mil oitocentos e sessenta de oito, nesta matriz, na cidade de Limeira, pelas nove horas da manhã, com provisão do vigário e alvará do juiz municipal, ambos datados de vinte e seis de outubro, perante mim, receberam em matrimônio, por marido e mulher, na minha presença e das testemunhas abaixo assinadas, Martinho, filho de Antonio Fischer e Isabel Fischer, natural e batizado na cidade de Constituição e Maria, fila de João Dupre e de Catharina Dupre, natural e batizada na Alemanha, ambos fregueses desta cidade de Limeira, logo lhes dei as bençãos nupciais… e faço este assento.

Martinho Fischer e Maria Dupre tiveram 7 filhos, são eles:

Izabel Fischer (1869-?)

Catharina Fischer (1870-?)

João Fischer Sobrinho (1873-1918)

Henrique Fischer (1874-1939)

José Fischer (1877-?)

Mathias Fischer (1879-?)

Maximiliano Fischer (1881-?)

Com seus filhos e parentes, o casal viveu na região de Limeira, São Paulo. Ali eles também faleceram, Martinho em 1913, aos 63 anos e Maria em 1942, aos 92 anos.

Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de óbito de Martinho Fischer
Registro de Óbito de Maria Dupre
Registro de Óbito de Maria Dupre